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RJ teve quase 5% a mais de mortes em 2022 do que antes da pandemia

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Apesar do maior controle da pandemia de covid-19 e do avanço na vacinação contra a doença em 2022, o estado do Rio de Janeiro registrou, nos dez primeiros meses do ano, 4,6% a mais de mortes do que em 2019 e um aumento anual médio três vezes maior do que o verificado antes do surgimento da doença.

É o que aponta o levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais no Rio de Janeiro (Arpen/RJ), com base nos dados do Portal de Transparência do Registro Civil.

Foram registrados entre janeiro e outubro de 2022, 127.796 óbitos, número 4,6% maior que os 122.102 ocorridos nos dez primeiros meses de 2019, antes da chegada do novo coronavírus ao país. A associação ressalta que a média da evolução anual de mortes no estado cresceu 1,6% entre 2010 e 2019, com pico em 2016, quando o aumento foi de 7,3%.

Na comparação com os anos de auge da pandemia, houve uma redução de 20,7% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registrados 161.209 óbitos no estado, e de 8,9% em comparação com janeiro a outubro de 2020, que somou 140.412 mortes. O crescimento dos óbitos nesses anos chegou a 15% e 14,8%, respectivamente.

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Covid-19

De acordo com a Arpen/RJ, este ano a covid-19 deixou de liderar o ranking de mortes por doenças no país, com uma queda de 97,5% entre janeiro e outubro na comparação com o mesmo período de 2021. Nos dez primeiros meses do ano passado, foram registradas 495.761 mortes pela doença, frente aos 59.456 óbitos no mesmo período de 2022.

Segundo a presidente da Arpen/RJ, Alessandra Lapoente, outras doenças relacionadas a sequelas da covid-19 passaram a registrar crescimento no país.

“Mesmo tendo diminuição dos óbitos pelo SarsCoV-2, houve crescimento de mortes por outras doenças, como a pneumonia, doenças do coração e septicemia. A partir desses dados, é possível pensar em políticas de saúde pública e de prevenção a essas doenças”.

As mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) deram um salto de 360% entre 2019 e 2022. Foram registrados 405 óbitos por SRAG nos dez primeiros meses deste ano, frente aos 88 no mesmo período de 2019. Na comparação com o ano passado, houve queda de 76% no número de óbitos pela doença, quando foram 1.027 registros no mesmo período.

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Os óbitos por pneumonia passaram de 15.706 entre janeiro e outubro de 2021 para 18.381 no mesmo período deste ano, um aumento de 17%. As mortes por septicemia subiram 12,7% de janeiro a outubro de 2022, com 19.025 registros, contra 16.879 óbitos no mesmo período do ano passado.

As mortes pelas chamadas Causas Cardiovasculares Inespecíficas passaram de 8.977 em 2019 para 12.386 este ano, um aumento de 38%. Os óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) subiram 6,9% este ano, na comparação com 2021.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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