BRASIL
Rock In Rio terá palco 100% reciclável
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Após dois anos de pandemia, o Rock in Rio volta a ser realizado na cidade do Rio de Janeiro. Hoje (6), a organização do evento apresentou o Palco Mundo, a principal e a maior estrutura para os shows do festival. A novidade é que o palco será feito em aço, com estrutura reutilizada e 100% reciclável. 

“Cada vez a gente mostra que é possível sonhar grande e fazer acontecer. Esse palco é mais um exemplo disso. A gente entende que nossa história vai inspirar a de outras pessoas. É essa história que a gente quer contar”, diz o CEO Rock In Rio, Luis Justo.
Ele destaca que garantir a sustentabilidade e envolver todos os parceiros nessa política é uma das metas fixadas pelo festival. O palco este ano será feito em parceria com a Gerdau, a maior empresa brasileira produtora de aço. Segundo o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, a sustentabilidade é também uma preocupação da empresa. “Temos que implantar ações o mais rápido possível, para que possamos continuar usando recursos que existem no planeta e deixar para as gerações que vêm depois de nós”, afirma
Werneck e Justo participaram, hoje de manhã, de entrevista para detalhar a parceria no festival.
Perguntado sobre possibilidade de manifestações políticas no evento, a exemplo do que ocorreu no Festival Lollapalooza, em São Paulo, em março deste ano, Justo ressaltou que a organização não tem nenhum posicionamento partidário. De acordo com o CEO, o Rock In Rio “nunca teve e nunca terá nenhum tipo de posicionamento político”. Isto, no entanto, segundo ele, “não impede que pessoas tenham posicionamentos, [sejam] artistas ou público. É inerente à democracia e sempre esteve presente na história do festival”.
Estrutura
No Palco Mundo serão usadas aproximadamente 200 toneladas de aço, o equivalente à fabricação de 200 carros. O palco terá 30 metros de altura, similar a um prédio de dez andares, e 104 metros de largura, equivalente a duas piscinas olímpicas.
O material será 100% reciclável, ou seja, a cenografia do Palco Mundo será eternamente reaproveitada quando deixar de ser palco, podendo se transformar em casas, edifícios, carros, centros hospitalares, entre outros.
Ao todo, mais 1 de milhão de pessoas, incluindo catadores e cooperativas, estão envolvidas no processo de reciclagem da Gerdau. A maior parte ,73%, do aço da Gerdau é produzida a partir da reciclagem da sucata metálica.
Rock In Rio
O Rock In Rio será nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro. Irão se apresentar no Palco Mundo artistas brasileiros e internacionais como Iron Maiden, Dream Theater, Sepultura, Post Malone, Jason Derulo, Marshmello, Alok, Justin Bieber, Demi Lovato, Migos, Iza, Guns N ’Roses, Måneskin, The Offspring, CPM 22, Green Day, Fall Out Boy, Billy Idol, Capital Inicial, Coldplay, Camila Cabello, Bastille, Djavan, Dua Lipa, Megan Thee Stallion, Rita Ora e Ivete Sangalo. Os ingressos estão esgotados.
Desde 1985, o Rock in Rio teve 20 edições, no Rio de Janeiro e em outras cidades do mundo, como Lisboa, Portugal, Madrid, na Espanha, e Las Vegas, nos Estados Unidos, com apresentação de mais de 2,3 mil artistas e 10,2 milhões de pessoas na plateia além de 12 milhões de fãs online.
A primeira edição do Rock In Rio foi em 1985, quando o país passava por transformações e saía de longo período de ditadura militar, desde 1964. Segundo Justo, a expectativa é que o festival deste ano, depois de dois anos de pandemia, tenha clima semelhante ao primeiro. “A gente vai estar preparado para a euforia”, diz.
Edição: Graça Adjuto
BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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