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Roubos de carga no Rio de Janeiro caem 9% em 2021

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Os roubos de carga registrados no estado do Rio de Janeiro caíram 9% em 2021, em comparação ao ano anterior. Esse foi o quarto ano consecutivo de queda desse tipo de crime.

Nota técnica, divulgada nessa quinta-feira (10) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revela que o resultado é o mais baixo dos últimos oito anos. Apesar disso, os roubos de carga continuam em patamares elevados.

O total de ocorrências em 2021 alcançou 4.521, com média de 12 roubos de carga por dia, o que gerou perdas diretas de R$ 389 milhões. Em 2017, quando foi anotado o pico de ocorrências, elas somaram 10.599.

O valor médio das cargas roubadas é R$ 86.007,14 cada, segundo a Firjan. A entidade destacou, entretanto, que os custos com contratação de segurança privada e seguros, provocados pelo roubo de carga, ultrapassam a perda direta.

Concentração

Elaborado com base em dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o documento destaca que 97% dos casos de roubo de carga foram concentrados, em 2021, na região metropolitana do Rio de Janeiro, sendo que mais da metade ocorreu em apenas dez das 1.375 Circunscrições Integradas de Segurança Pública (CISP) do estado.

A região metropolitana compreende os municípios do Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica, Tanguá, Itaguaí, Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu.

Embora ainda estejam no mapa de concentração desse delito, as CISP 59 (Duque de Caxias), CISP 64 (São João de Meriti) e CISP 34 (Bangu) tiveram redução dos casos de 38,4%, 29,1% e 17,8%, respectivamente.

As dez CISP que concentraram metade das ocorrências de roubo de carga no ano passado são cortadas pelas principais rodovias fluminenses (BR 040 – Rodovia Washington Luís; BR 101 – Avenida Brasil; BR 101 – Rodovia Niterói-Manilha; BR 116 – Rodovia Presidente Dutra; BR 493 – Arco Metropolitano; e RJ 104 – Rodovia Amaral Peixoto).

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Entre essas, o destaque é a BR 493 – Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, conhecida como Arco Metropolitano, considerada fundamental para o estado do Rio. Ela foi idealizada para ser um corredor logístico, retirando veículos de carga dos centros urbanos,  favorecendo a mobilidade urbana e a logística. O Arco Metropolitano liga as cidades de Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica e Itaguaí.

As 11 CISP cortadas pela BR-493 apresentaram incremento de 10% no roubo de cargas, em 2021. Na CISP – 60 Campos Elíseos, localizada em Duque de Caxias, responsável pela área onde há o entroncamento do Arco Metropolitano com a BR-040, o aumento registrado foi 26% no indicador de roubo de carga, com cerca de cinco ocorrências por semana em 2021. Essa foi a CISP que mais concentrou ocorrências no Rio de Janeiro, de acordo com a nota técnica da Firjan.

O município de São Gonçalo, composto pelas CISP 72, 73, 74 e 75, aparece também como concentrador de ocorrências, com expansão de 18% no número de casos em relação a 2020.

Segundo a Firjan, algumas ações têm sido implementadas para melhoria da segurança na região do Arco Metropolitano. A BR-493 foi incluída no programa de concessões do governo federal. Está em andamento a construção de um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na via.

Apesar disso, a federação considera fundamental que a região conte com ações efetivas no combate ao roubo de carga no entorno do Arco Metropolitano e nos entroncamentos com a BR-040 e com a BR-116, por meio da atuação integrada das forças de segurança, incluindo o combate a outros elos da cadeia, como a receptação de mercadoria roubada e o comércio ilegal.

Polícia Rodoviária

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro informou que realiza o monitoramento de todas as estradas federais por meio de suas centrais de comando e controle, estaduais e nacional, com câmeras, rádios e telefones. “Essas ferramentas permitem acompanhar, em tempo real, as ocorrências relevantes, com segurança, precisão e velocidade para que a tomada de decisão seja a mais eficiente e acertada possível”.

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A PRF destacou que o planejamento do trabalho vem apresentando resultados positivos na redução dos casos de roubos de cargas e roubos em geral nas rodovias federais fluminenses, inclusive na BR-493. Em 2020, foi registrada queda de 14% nesses delitos. “Em 2021, houve aumento de 126% (caracterizado principalmente pela comparação com 2020, ano em que começou a pandemia)”. A PRF acrescentou que até 8 de março de 2022, a redução em comparação ao mesmo período do ano passado foi de 10%.

Com relação às rodovias federais que cortam o estado do Rio, os dados de roubos de cargas revelam que, em 2020, houve queda de 40%; em 2021, de 11%; e em 2022 até 8 de março, de 54%.

A PRF contestou a nota técnica da Firjan, informando que, em 2021, foram registradas 650 ocorrências de roubos de cargas em todas as rodovias federais do estado. “Isso demostra o quanto a Polícia Rodoviária Federal no Rio vem buscando, cada vez mais, diminuir todos os índices de criminalidade no estado. Em 2021, por exemplo, no Arco Metropolitano, houve queda de 44% de roubos de cargas, veículos e pessoas se comparado com 2020”.

A corporação destacou que na última quarta-feira (9), em Duque de Caxias, conseguiu recuperar carga avaliada em quase R$ 300 mil. Acrescentou que no Arco Metropolitano será implantada a UOP (unidade operacional) mais moderna da PRF, com previsão de começar os trabalhos em julho deste ano, “trazendo mais segurança para as pessoas que passam pela via”.

Polícia Civil

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Estado de Polícia Civil informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o combate a roubos de carga é um trabalho integrado que envolve também a PRF-RJ, no caso de delitos nas rodovias federais, e a Polícia Militar, no caso de entrada em comunidades.

Edição: Kelly Oliveira e Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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