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Santa Catarina tem 132 cidades atingidas por fortes chuvas
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Santa Catarina tem 132 municípios com diversas ocorrências em virtude das fortes chuvas que atingem o estado desde a última semana. De acordo com boletim da Defesa Civil, divulgado nesta segunda-feira (9), 67 municípios já decretaram situação de emergência. Duas mortes foram confirmadas em Rio do Oeste e Palmeira.
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Governo de SC atualiza as informações sobre as chuvas nesta segunda-feira (09)https://t.co/BkTXdfHTb2
— Governo de SC (@GovSC) October 9, 2023
Na madrugada de hoje, o rio na localidade do Alto Vale do Itajaí atingiu a marca histórica de 12,11 metros acima do nível e a região alagada está em alerta.
A cidade de Taió, que enfrentava inundações graves, foi atingida mais fortemente pela enchente do rio, no fim do domingo. Já o rio Itajaí-Açu, em Blumenau, alcançou o pico de 10,18 metros na madrugada desta segunda-feira, e está baixando gradativamente.
Na última medição feita pela Defesa Civil, nesta manhã, registrava 9,90 m de altura. E o rio Uruguai atingiu a profundidade de 11,62 metros e está em baixa.
A situação de Taió piorou nas primeiras horas desta segunda-feira, com o aumento da vazão gerada pelas chuvas intensas na bacia do Rio Itajaí-Açu, entre a tarde e a noite do domingo.
Por isso, os bombeiros militares reforçaram o trabalho na cidade, com novas equipes. Neste momento, as equipes atuam, principalmente, na retirada de famílias das áreas de risco, disse o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, coronel Fabiano de Souza.
“Na noite de ontem, deslocamos efetivo de reforço, oriundos de Lages e do oeste de Santa Catarina. Nesta manhã, encaminhamos uma segunda aeronave que ficou posicionada em Taió, para fazer, inicialmente, o resgate de pessoas que estavam ilhadas, em especial, daquelas que foram surpreendidas durante a madrugada”, revelou.
Socorro
Desde a última terça-feira (3), o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atendeu 701 ocorrências relacionadas com as chuvas em 115 municípios do estado. Para realizar o socorro, houve a atuação de 776 bombeiros e foram empregadas 107 viaturas.
Somente entre domingo (8) e esta segunda-feira (9), foram empenhados 296 bombeiros e 107 viaturas para prestar assistência em 311 ocorrências em 57 cidades. Somente no Alto Vale, os bombeiros houve mais de duzentas ocorrências no domingo.
Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, devido às cheias no estado, dois pontos das rodovias federais de Santa Catarina estão interditados. São eles: a BR-470 km 150, em Agronômica, com trânsito totalmente interrompido por causa da água sobre a via; e a BR-101 km 403, em Araranguá, que tem o fluxo direção Norte desviado para a pista sentido sul, uma faixa em cada sentido. Há água sobre a pista no sentido norte. As demais rodovias federais de Santa Catarina seguem sem interdição total.
Sobre as rodovias estaduais afetadas pelas chuvas, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade informou a situação das estradas:
- BR-101, km 112,3, em Itajaí, na Marginal, interditada;
- BR-101, km 403 em Araranguá: trânsito em meia-pista;
- SC-390, na Serra do Rio do Rastro: interditada;
- SC-110, km 401 e 405, em Urubici: interditada;
- SC-114, km 276, em São Joaquim: trânsito em meia-pista;
- SC-114, km 297.7 e Ponte das Goiabeiras, em São Joaquim: interditada;
- SC-108, km 379.7, em Criciúma: interditada;
- SC 120, km 236. em Curitibanos: interditada.
Nestas localidades, houve registros, entre outros, de perda de asfalto, rachaduras no meio das pistas, água empossada e queda de barreiras. A recomendação é evitar a estrada e procurar um local seguro.
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) informou que o abastecimento de água está comprometido no município de Concórdia, em razão do mau tempo que impede a captação normal de água no rio Suruvi. Ela alertou que as áreas mais altas e distantes do município poderão ficar sem água nesta segunda-feira. E recomendou aos moradores o uso racional de água até a normalização completa do sistema.
Mais riscos
Hoje, a Defesa Civil do estado alertou que o risco ainda é alto para ocorrências como deslizamentos em todas as regiões de Santa Catarina, em decorrência dos volumes de chuvas registrados nos dias anteriores, porque o solo permanece encharcado.
O geólogo da Defesa Civil, Mattheus Klein Flach, disse que já houve ocorrência de deslizamentos desde o Oeste até o planalto Norte, Vale do Itajaí e no litoral sul. E que foram emitidos alertas – válidos para as próximas 24 horas – na região do Planalto Sul, Alto Vale Itajaí e Médio Vale Itajaí, planalto Norte, municípios da Grande Florianópolis e do litoral Sul.
O geólogo recomendou à comunidade que observe sinais de deslizamentos para se manter em segurança. “Fique de olho nos sinais de deslizamentos como fraturas nas paredes das casas, fratura no solo, água suja vertendo pela encosta e, em caso de observar esses sinais, que procure um local seguro”, detalhou. Em caso de emergência, deve-se ligar para os números da Defesa Civil – 199; do Corpo de Bombeiros – 193; ou da Polícia Militar catarinense – 190 para pedir ajuda.
Meteorologia
A semana em Santa Catarina começa com melhora no tempo. Ao longo da manhã, a nebulosidade diminuiu em áreas do Grande Oeste, onde o sol predominará durante a tarde. No litoral e em áreas próximas (centro/leste do estado), a umidade do oceano para o continente vai aumentar a cobertura de nuvens, com possibilidade de chuvas fracas a qualquer hora.
Apesar da melhora no tempo nesta segunda-feira, a meteorologia da Defesa Civil indica que a chuva volumosa deve retornar ao estado nas próximas quarta (11) e quinta-feiras (12).
O coordenador de monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Santa Catarina, Frederico Rudorff, disse que o volume de chuva pode ser entre 60 e 80 milímetros, em 24 horas, com algumas localidades superando os 100 milímetros/dia.
“É um volume considerável de chuva, considerando já as condições das bacias que estão bastante saturadas. [Deve-se ter] bastante atenção nos próximos dias. Recomendamos, principalmente na região do Vale do Itajaí, que se mantenham as mobilizações dos abrigos, enfim, para que a gente possa operar com bastante tranquilidade nos próximos dias”, destacou.
Assistência e reconstrução
O governo de Santa Catarina distribuiu 39.553 itens de assistência humanitária e todas as equipes de Segurança e Defesa Civil do Estado seguem de prontidão para atendimento às ocorrências e orientação da população. Até o momento, foram abertos 121 abrigos em 52 municípios.
O diretor de Gestão de Desastres da Defesa Civil de Santa Catarina, coronel Cesar de Assunção Nunes, disse que o governo estadual está mobilizado para reduzir consideravelmente os impactos das fortes chuvas.
Ele adiantou que já está conversando com o governo federal para reparação dos danos dos últimos dias. “O estado tem de voltar à normalidade. Então, entramos em uma outra etapa, que é a reconstrução. Nós estamos em conversa com o governo federal para saber quais as medidas que precisam ser tomadas. Até porque, algumas medidas legais estão em andamento”, finalizou.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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