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Sesc leva projeto Palavra Líquida à Baixada Fluminense

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Com programação totalmente gratuita, o projeto Palavra Líquida, do Serviço Social do Comércio do Rio de Janeiro (Sesc RJ), leva à Baixada Fluminense, a partir desta sexta-feira (15), atividades que envolvem literatura, teatro, dança, cinema, tendo como tônica comum os sentidos. O encerramento oficial do projeto está previsto para o dia 24 deste mês. “O evento é acessível a todo o público”, disse à Agência Brasil o analista de literatura do Sesc RJ, Moisés Nascimento. O Palavra Liquida é um projeto multilinguagem que parte sempre da literatura.

No caso do Palavra Líquida 2023, Nascimento explicou que o que se busca é a poética dos sentidos, que extrapola os cinco sentidos básicos – tato, visão, audição, olfato e paladar – englobando também o sentir e passando ainda pela questão da acessibilidade. A programação deste ano do projeto prevê atividades em três unidades do Sesc na Baixada Fluminense: Sesc Nova Iguaçu, Sesc Duque de Caxias e Sesc São João de Meriti, além da Casa de Cultura de Nova Iguaçu, que receberá atividades formativas que se estenderão até 31 de outubro. Já as atividades artísticas nessa unidade estarão dentro do cronograma de 15 a 24 de setembro.

Esta é a oitava edição do projeto e envolve diversas linguagens artísticas, destacando a literatura e sua relação com artes visuais, dança, audiovisual, música e teatro. A conferência de abertura, às 19h, no teatro do Sesc Nova Iguaçu, reunirá a escritora cubana Teresa Cárdenas e o ator, educador e ativista surdo Leo Castilho, um dos articuladores do Slam do Corpo. Os dois receberam o tema dos sentidos para explorar em suas apresentações. Teresa Cárdenas (foto), por exemplo, propõe renascer por meio da escrita, para reaprender a sentir as emoções que perpassam a existência de todos. Já Leo Castilho pretende compartilhar suas vivências, visando ampliar a dimensão da arte educação e atrair públicos diversos. A classificação é livre.

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Exposição

Na sexta-feira, às 17h30h, será aberta na galeria do Sesc Nova Iguaçu a exposição Entre o Urbano e a Natureza, inspirada na experiência dos sentidos. A exposição é coletiva e reúne oito artistas que representam a diversidade de gênero, região e cor de pele. Haverá dois artistas do Museu Bispo do Rosário (Patrícia Ruth e Clóvis Aparecido), três da Baixada Fluminense (Gabriele Rocha, Fybrikolage e Caio Fábio), uma da zona norte (Guida) e dois artistas da zona oeste (Ayra Aziza e Marcelo Albuquerque). A exposição ficará aberta até o dia 10 de dezembro, de 9h30 às 19h30, de terça a sexta-feira; e de 9h30 às 17h30, aos sábados e domingos.

Ainda no Sesc Nova Iguaçu, na sala Multiúso 1, haverá a estreia da instalação Cinema Sonoro, criada pelo designer de som Fernando Aranha, a partir de sua experiência transformando narrativas cinematográficas por meio do som. “É uma atividade, como o próprio nome diz, focada no som, sem qualquer suporte de imagem, como se fosse uma sala escura”, destacou Moisés Nascimento. Para Fernando Aranha, a experiência permite acompanhar as narrativas com mais intensidade do que em uma sala de cinema. Nascimento completou que, no caso das pessoas cegas, a percepção é um tipo de encontro. “E, no caso das pessoas que enxergam, elas vão estar diante de algo que, não necessariamente, é o comum no cinema, que é a imagem. Vai ser uma experiência sonora.”

Cinema

Outro destaque da programação são as oficinas Minha Vida de Cadeirante, com o cineasta Silvio Tendler, cadeirante desde dezembro de 2011, devido a uma compressão na coluna. Tendler vai capacitar jovens a produzir curtas-metragens documentais de impacto social. O projeto mostra como ferramentas e tecnologias podem ser adaptados para a realidade das pessoas com deficiência de forma prática e acessível. As oficinas serão realizadas na biblioteca do Sesc Duque de Caxias, nos dias 21, 22, 26, 27 e 29 deste mês, das 13h às 17h.

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No Fórum de Ideias Palavra Líquida, que será realizado no teatro do Sesc São João de Meriti, no dia 23, às 19h, as reflexões partem do tema dos sentidos, mas são elaboradas a partir das singularidades e caminhos de cada convidado. O poeta mineiro Ricardo Aleixo vai falar sobre sua condição de baixa visão monocular. Ao lado dele, estará a crítica literária Maria Stockler Carvalhosa, que ficou cega aos 13 anos de idade e fundou a editora Supersônica Livros, focada na publicação de audiobooks, englobando desde obras clássicas até livros contemporâneos. Ricardo Aleixo também ministrará a oficina Arte não só o que se vê, no dia 22, na sala de música do Sesc São João de Meriti, das 14h às 18h. Ele vai explorar possibilidades criativas, que passem pela ativação de outros sentidos que não a visão.

Crianças

Para as crianças, haverá o show Rastapezinho no teatro do Sesc São João de Meriti, no domingo (17), às 16h, com o projeto RastaPezinhos Bebê e Cia, que engloba encontros dançantes e com muitas dinâmicas corporais, em parceria com as bailarinas Rafaela Hermeto e Maria Hermeto.

Outra atração destinada ao público infantil é o musical Dona Coruja na Floresta das Belas Manhãs, com participação do produtor musical e músico André Amon e do músico Marco Lima. As apresentações são realizadas na biblioteca do Sesc Duque de Caxias, amanhã, às 10h30, e no teatro do Sesc São João de Meriti, no dia 24, às 15h.

A programação completa do projeto Palavra Líquida na Baixada Fluminense pode ser conferida aqui. No mesmo endereço, podem ser feitas as inscrições para as oficinas.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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