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Sistema Cantareira fechou maio com 41,6% da capacidade
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O Sistema Cantareira, maior reservatório da Região Metropolitana de São Paulo, encerrou maio operando com 41,6% da capacidade, o menor nível para o mês desde maio de 2016. Naquele ano, o volume estava em 37%. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em 2015, com os efeitos da crise hídrica, o sistema operava negativo, com -9,7%.
Em nota, a empresa informou que não há risco de desabastecimento neste momento, mas “orienta o uso consciente da água, em qualquer época e em todos os municípios em que opera”. A companhia destacou que o Cantareira faz parte do Sistema Integrado Metropolitano, que é composto por mais seis mananciais: Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço.
“Desde a crise hídrica, os investimentos da companhia tornaram o Sistema Integrado mais robusto e flexível (sendo possível abastecer áreas diferentes com mais de um sistema), com destaque para a implantação do novo sistema São Lourenço e para a interligação da bacia do Paraíba do Sul com o Cantareira”, diz o texto. Segundo a Sabesp, considerando o sistema integrado, a operação se dá com 56,9% da capacidade, nível similar ao de maio de 2021 (55,7%).
A companhia destacou que outras ações foram feitas para assegurar a segurança hídrica na região metropolitana. Entre elas, está a ampliação da infraestrutura, com destaque para a interligação Jaguari-Atibainha e o novo sistema produtor São Lourenço, que foram entregues em 2018. A empresa apontou também a redução de perdas na distribuição, reduzindo o índice de perdas totais na área atendida de 41%, em 2004, para 27,9% em 2021.
É feita ainda a redução de pressão à noite com objetivo de evitar perdas por vazamentos e rompimentos. Isso ocorre no horário de menor consumo e “quando o uso é retomado, a pressão é reajustada”. Além disso, campanhas com orientações para incentivar a economia no consumo de água.
Edição: Fábio Massalli


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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