Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

SP: municípios atingidos por chuvas vão receber mais de R$ 60 milhões

Publicados

BRASIL

O governo federal estima que as verbas destinadas ao atendimento dos municípios do litoral paulista atingidos por temporais fiquem em torno de R$ 60 milhões. A informação foi compartilhada hoje (23) pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que cumpre agenda em São Sebastião, com prefeitos das cidades afetadas e o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.

Segundo Góes, o total inclui despesas com a Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, e deve aumentar com a apresentação dos planos de socorro de cada município a região impactada pelas tempestades, que começaram domingo (19).

Nesta quarta-feira (22), o governo federal liberou R$ 7 milhões para garantir a continuidade das ações de assistência humanitária em São Sebastião, a primeira cidade a entregar o plano de emergência. O município, localizado no litoral norte, foi um dos mais atingidos pelas tempestades.

Góes reiterou o que disse em vídeo veiculado em sua conta no Twitter sobre a importância de pensar também na reconstrução das cidades e nas moradias das vítimas. De acordo com o ministro, o sistema de monitoramento de desastres no Brasil está “bem estruturado”, mas o recurso sofreu desmontes durante o governo Bolsonaro, que não se resolvem “do dia para a noite”. No vídeo, Góes ressalta que o governo Lula reestruturou o PAC Encostas e liberou R$ 10 milhões para o Ministério das Cidades alocar em ações de habitação.

“Isso [o sistema de monitoramento] foi um investimento que se iniciou no governo Lula, inaugurado com a presidenta Dilma, e depois houve um descompasso nas políticas públicas de prevenção a desastres”, disse Góes.

Leia Também:  RS: governo federal define regras para identificar moradias atingidas

Ele informou que existem hoje, em todo o país, aproximadamente 14 mil pontos de alto risco de desabamento de encostas e 4 milhões de pessoas vivendo nesses locais, de acordo com levantamento do Ministério de Minas e Energia. Para ele, a proteção da população, nesses casos, depende “de uma articulação muito forte” com os moradores locais, que precisam compreender que devem deixar suas casas, se necessário.

Navios

São Sebastião (SP), 23.02.2023- Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ao chegar ao navio da Marinha. Fotos Denio Simões/Divulgação São Sebastião (SP), 23.02.2023- Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ao chegar ao navio da Marinha. Fotos Denio Simões/Divulgação

Ministro Waldez Góes visita navio da Marinha que serve de base para atendimento a feridos – Denio Simões/Divulgação

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional esteve na cidade também para visitar o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (A140). A embarcação está servindo de base para atendimento médico a desabrigados e feridos.

A comitiva também comunicou a criação de um gabinete para centralizar as ações da força-tarefa da pasta. Ontem, Góes esteve com o comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, para alinhar a atuação dos mil militares escalados para a missão, que têm ocupações como fuzileiros navais e profissionais da saúde.

“É o maior navio da Marinha, gigante. É conhecido como gigante, inclusive, é ultraespecializado, de multiuso, e agora foi adaptado para essa emergência”, destacou o ministro.

O Multipropósito Atlântico ficará atracado no Porto de São Sebastião, com o objetivo de aliviar as filas dos hospitais da região, que atualmente dão prioridade a casos graves de saúde. A embarcação foi projetada para controle de áreas marítimas, mas também para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e em operações de manutenção de paz. O navio transporta minicarregadeiras, ambulâncias e pás carregadeiras, que podem ajudar no caso de desbloqueio de vias. 

Leia Também:  Fiocruz: plataforma facilita conexão de parcerias para projetos

O navio tem capacidade para abrigar um centro médico, um estoque de saúde de reação primária, seis helicópteros do Comando da Força Aeronaval; três embarcações de desembarque de viatura e pessoal, que podem transportar 35 pessoas, cada uma, uma lancha de transporte de pessoal, para até 20 pessoas, e uma lancha operativa do tipo Pacific.​ 

Além do navio A140, ficará de prontidão a embarcação de Guarapari, de desembarque de carga. Com uma rampa, a embarcação pode servir para o resgate de vítimas em áreas isoladas.

Cenário

De acordo com boletim do governo estadual, atualizado por volta do meio-dia desta quinta-feira, 49 mortes foram confirmadas, até agora – 48 em São Sebastião e uma em Ubatuba. Já foram identificadas 38 vítimas, das quais 13 são crianças. As chuvas deixaram, até o momento, 1.730 pessoas desalojados e 1.799, desabrigadas.

A Secretaria de Estado da Saúde informa que 20 adultos e seis crianças vítimas das chuvas foram atendidas, até agora, no Hospital Regional do Litoral Norte. Deste total, 17 permanecem internados com estado de saúde estável, cinco já receberam alta hospitalar e quatro foram transferidos para outras unidades.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Grupo Os Tapetes Contadores de Histórias celebra 25 anos no Rio

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Quina de São João vai sortear prêmio estimado em R$ 200 milhões

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA