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SP Ocean Week 2023 chama atenção para conhecimento dos mares
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Ao longo de cinco dias, a partir desta quarta-feira (30), o Memorial da América Latina, na capital paulista, recebe a quarta edição do SP Ocean Week 2023, evento anual em celebração à cultura oceânica, e que neste ano traz uma programação consistente e diversa de atividades multidisciplinares para ampliar o conhecimento sobre os mares e sua preservação. Com programação totalmente gratuita, serão painéis, exposições, espetáculos, mostra de cinema, workshops e encontros com ONGs, ambientalistas e personalidades decisivas para a conservação dos oceanos.
A abertura será no Auditório Simon Bolívar, às 19h30, e contará com um talk show com uma hora e meia de duração, reunindo os navegadores David Schurmann e Aleixo Belov, a surfista de ondas gigantes Maya Gabeira, e Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil. Com transmissão online, David e Maya dividirão suas experiências com o velejador de 80 anos Aleixo Belov, um ucraniano radicado na Bahia.
Além das rodas de conversa, haverá apresentações musicais com repertório em exaltação à Iemanjá, divindade do candomblé cultuada como Rainha do Mar, e o orixá mais popular do Brasil, de grande influência na literatura e na música do país, terão a participação da cantora Teresa Cristina. O espetáculo também contará com a apresentação do Coral da USP, das cantoras Grazzi Brasil e Adriana Moreira e de um grupo de candomblé.
Outra atividade do encontro será o Cais do Porto, com estandes de ONGs de conservação marinha e institutos de pesquisa; oficinas com atividades experimentais orientadas por especialistas de diversas áreas; o Palco Mar Aberto, espaço de apresentações artísticas, contação de histórias, palestras e oficinas; um espaço dedicado a sessões de autógrafos e bate-papo com autores de títulos consagrados com temas ligados ao mar; exposições de fotografia, conquiliologia (área da zoologia que estuda conchas e moluscos) e a exposição Barcos do Brasil, com maquetes de barcos artesanais do acervo do Museu Nacional do Mar de São Francisco do Sul. O espaço também sediará a Marina Shop, loja de souvenirs, com camisetas e canecas customizadas, livros, miniaturas e objetos náuticos em geral.
No estúdio da Sala dos Espelhos, haverá uma série de encontros, o Gente do Mar, que reunirá grandes personalidades do mergulho, da vela, do remo, da náutica e do surf. No mesmo local, haverá o painel Ideias Azuis, um ciclo de conversas com renomados especialistas, que apontarão caminhos para atingir as metas da Década do Oceano e do ODS 14, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – Vida na Água, que pretende entregar um oceano saudável, seguro, produtivo e sustentável para as futuras gerações.
“São cinco dias de atividades das mais variadas para celebrar, informar e engajar as pessoas na causa dos oceanos e para os visitantes entrarem em contato com muito do que está sendo feito no Brasil em defesa da biodiversidade marinha e defesa dos oceanos. Entre os temas dos painéis estão cultura oceânica, geração azul. Os painéis discutindo soluções e caminhos para o futuro sustentável do oceano e para a formação dessa cultura oceânica”, disse um dos organizadores do evento, Alfredo Nastari.
Segundo Nastari, a discussão sobre o futuro dos mares é importante para o país porque a questão dos oceanos é inadiável porque o mar está “cansado”, já que é o principal ecossistema do planeta, onde a humanidade decidirá seu futuro como espécie. “A questão de aquecimento global, mudanças climáticas, passa principalmente pelos oceanos. E nós estamos vivendo uma situação crítica e precisamos de iniciativas e pesquisas para tentar reverter essa situação crítica. A SP Ocean Week se insere nesse contexto. Ela é uma ação de divulgação sobre os oceanos, de conscientização e celebração”, explicou.
Década do Oceano
Os oceanos ocupam 70% do planeta Terra e são inestimáveis para o equilíbrio ambiental do planeta, porque distribuem temperaturas ao redor do globo, produzem mais de 50% do oxigênio que respiramos, provém proteína, por meio da pesca, para ao menos um bilhão de pessoas no mundo; são a grande via de comércio marítimo e uma fonte primordial de riquezas minerais, como o petróleo. Além disso, a biodiversidade dos oceanos também é fonte de princípios ativos para medicamentos, para a indústria de cosméticos e matérias-primas diversas.
Por isso, a Assembleia Geral da ONU nomeou a década de 2021-2030 como a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica Para o Desenvolvimento Sustentável, como um período para que o engajamento da humanidade na reversão desse cenário.
“O braço para se executar a Década do Oceano é a Unesco. No bojo dessas questões, colocou-se também como objetivo a difusão da cultura oceânica, chamada de ocean literacy (letramento oceânico), e a criação de uma geração azul. Tudo o que fazemos, direta e indiretamente, acaba no mar, e ele devolve isso de forma malcriada, com eventos extremos”, disse Nastari.
A SP Ocean Week 2023 vai até o dia 3 de setembro. Para conferir a programação completa, basta acessar o site do evento. Também é possível acompanhar o Instagram para atualizações.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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