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Sudão: negociação entre as partes termina novamente sem acordo

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As negociações intermediadas por Arábia Saudita e Estados Unidos com o objetivo de interromper os combates entre as partes beligerantes no Sudão fracassaram novamente, com o Exército e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF) prosseguindo com campanhas militares que têm causado uma grave crise humanitária.

A falta de progresso nas conversas em Jeddah acabou com as esperanças de resolução de um conflito que tem deslocado mais de 6,5 milhões de pessoas dentro e fora do Sudão, dizimado a economia e provocado massacres étnicos em Darfur.

O Exército sudanês tem intensificado sua retórica, e os moradores dizem que também aumentaram os ataques aéreos na capital Cartum, enquanto a RSF garantiu avanços nas regiões de Darfur e Kordofan.

“Eles estão disparando artilharia agressivamente, e muitas vezes ela cai em casas de civis”, disse Ahmed Abdallah, de 51 anos, em Omdurman, uma cidade vizinha a Cartum onde os rivais estão lutando por bases do Exército.

A RSF e o Exército trabalharam juntos para destituir o ex-presidente Omar al-Bashir em 2019 e realizar um golpe em 2021, mas um conflito eclodiu entre as partes durante a elaboração de um plano para uma nova transição, em abril.

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As discussões em Jeddah foram suspensas pela primeira vez em junho e retomadas em outubro, sendo encerradas novamente nesta semana sem nenhum novo acordo, disseram fontes sudanesas presentes nas negociações, depois que os compromissos de acalmar a retórica, capturar os aliados de Bashir e facilitar a assistência humanitária não foram cumpridos.

Os representantes dos dois lados, que não estão se reunindo presencialmente, continuaram em desacordo sobre a ocupação da maior parte de Cartum pela RSF, disseram as fontes.

O Exército exigiu que a RSF se retirasse para bases específicas e rejeitou uma contraproposta dos paramilitares para que deixasse as casas de civis e estabelecesse postos de controle ao redor da cidade, disseram eles.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que os mediadores continuam prontos para negociações adicionais, mas “as partes precisam demonstrar que podem implementar seus compromissos”.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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