BRASIL
Temporal causa estragos em várias regiões do Rio Grande do Sul
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Vários municípios do Rio Grande do Sul voltaram a ser atingidas por um temporal entre a noite de ontem (15) e a madrugada de hoje. As rajadas de vento que, em algumas localidades, chegaram a 110 quilômetros por hora (km/h), causaram estragos em várias cidades, principalmente na região metropolitana de Porto Alegre.
Segundo a Prefeitura de Canoas, os ventos e a chuva provocaram “incontáveis estragos” por toda a cidade, forçando o Poder Público a determinar que as escolas municipais e particulares suspendessem as aulas durante todo o dia de hoje.
“Em consequência dos prejuízos, determinamos que as aulas nas escolas municipais e privadas sejam suspensas até que se recupere a condição de dar garantias às nossas crianças. Também recomendamos que as escolas estaduais adotem a mesma orientação, considerando o eminente perigo”, anunciou o prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques. Ele disse que após avaliação e a depender dos danos sofridos, caberá a cada instituição de ensino decidir sobre a possível retomada das atividades a partir de amanhã (17).
Ainda de acordo com a prefeitura, o vendaval derrubou árvores, estilhaçou vidraças e destelhou prédios residenciais e comerciais. Atingido, o Hospital Nossa Senhora das Graças, administrado pela prefeitura, teve que realocar pacientes, mantendo apenas os atendimentos de urgência e emergência.
Esta manhã, após se reunir com secretários e subprefeitos, Marques antecipou que ainda hoje deve decretar situação de emergência municipal. Segundo o chefe do Executivo local, a medida é necessária para que o Poder Público possa agilizar a reparação dos danos à infraestrutura pública e auxiliar as pessoas afetadas.
“O decreto de emergência do município de Canoas vai auxiliar as compras emergenciais de materiais para necessidades básicas imediatas, como, por exemplo, motosserras, telhas, lonas e alimentos”, disse o prefeito, ainda sem detalhar o número de pessoas atingidas.
Capital
Em Porto Alegre, onde chegou a chover granizo em alguns bairros, um relatório preliminar da Defesa Civil municipal registra o desabamento de ao menos uma residência em função da força do temporal, que destelhou outras oito construções na capital gaúcha. Também foi registrada a queda de dois postes e de várias árvores. Entre as ocorrências que a Defesa Civil atendeu, duas foram em estabelecimentos de saúde, sendo uma no Hospital Vila Nova e outra na Unidade de Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro.
Um homem está desaparecido desde o fim da tarde de ontem. Segundo informações preliminares, o homem, de cerca de 45 anos de idade, ajudava moradores do bairro São José, na zona leste da cidade, a saírem de casa quando caiu em um arroio, perto das 18h. Até por volta das 9h de hoje, agentes da Defesa Civil, dos Bombeiros e da Guarda Municipal seguiam tentando localizar o homem.
O temporal também causou estragos e transtornos em trechos do litoral gaúcho, parcialmente atingido pelo granizo. Segundo a empresa de distribuição energética CEEE Equatorial, até perto das 10h de hoje o serviço já tinha sido reestabelecido para 54 mil pontos da região metropolitana e do litoral, mas 24 mil consumidores continuavam sem energia elétrica. Entre as cidades atendidas pela distribuidora mais prejudicadas estão Viamão, Eldorado do Sul, Tramandaí, Osório, Santo Antônio da Patrulha e Imbé, além de Porto Alegre.
Em seus últimos boletins, a secretaria estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) informa que as chuvas e os temporais isolados são consequência de uma área de baixa pressão atmosférica. Segundo a secretaria, o tempo deve seguir instável em parte do estado até pelo menos a quinta-feira (18), quando uma massa de ar polar deve ganhar força, derrubando as temperaturas, mas deixando as condições mais estáveis.
Para amanhã (17), contudo, a secretaria prevê risco de temporais isolados e volumes de chuva pontualmente elevados na metade norte, especialmente no noroeste, região dos Vales e áreas próximas à divisa com Santa Catarina.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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