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Tiroteio interrompe serviços de trens no Rio
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Um tiroteio nas comunidades da Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-pau, em Cordovil e Brás de Pina, na zona norte do Rio de Janeiro, interrompeu o serviço de trens em um trecho do ramal de Saracuruna, da concessionária SuperVia. De acordo com a empresa, às 6h o ramal passou a operar apenas no trecho entre as estações da Central do Brasil, no Centro da cidade, e Penha, na Zona Norte.
As extensões Vila Inhomirim e Guapimirim ficaram com os serviços suspensos. A concessionária informou que ao todo 11 estações foram fechadas, entre a Penha Circular e Saracuruna. Nas estações das extensões o trem não circulou, mas por lá não foi necessário fechar a estação. “Essa medida é para garantir a integridade de clientes e colaboradores da concessionária.”
A Supervia destacou que a operação no ramal Saracuruna foi normalizada às 8h desta quarta-feira e os trens passaram a circular por todas as estações.
O porta-voz da Secretaria de Estado de Polícia Militar, tenente coronel Ivan Blaz, disse à Agência Brasil que a operação foi feita em razão do ataque de criminosos, ontem à noite, ao carro de uma mulher que errou o caminho e entrou na comunidade. Ela estava com o filho de 17 anos que foi ferido com um tiro na cabeça e está em estado grave no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
Confronto
O porta-voz disse que os criminosos da região de Cordovil estão em confronto com uma facção rival e, por conta disso, têm tentado expandir o território, forçando os pontos de invasão. “Isso é um absurdo, em uma realidade civilizada. A Polícia Militar fez essa operação hoje com batalhões da zona norte do Rio de Janeiro. Já temos dois presos, armas apreendidas. Neste momento, contamos com a população para obter maiores informações, mas, acima de tudo, precisamos dar um basta na ação desses marginais na região”, afirmou, na entrevista.
Ivan Blaz disse que a suspensão dos serviços de trens é uma manobra de segurança adotada pela concessionária quando ocorrem operações policiais que podem representar algum risco aos passageiros. “Assim que a situação se estabilizou, a Polícia Militar avisou à SuperVia para que retomasse a operação, então foi feita uma vistoria e a operação já foi retomada.”
O porta-voz ressaltou ainda que os policiais vão permanecer nas comunidades, mas devem reduzir a varredura que está sendo feita hoje à procura de criminosos, drogas e armas. “A gente precisa continuar com a ação nessas localidades. Já temos uma ocupação em uma comunidade da região, em Quitungo, mas a grande varredura não pode ser constante. Logicamente, o dia de hoje vai ser todo nessa operação”, afirmou.
Medo
Passageiros dos trens se jogaram ao chão dos vagões para se proteger do tiroteio. O mesmo ocorreu com pessoas dentro de ônibus que passavam pela região. Os criminosos chegaram a tomar dois ônibus para interditar a passagem em ruas da Cidade Alta e dificultar o trabalho dos agentes de segurança.
Por causa do tiroteio, o Centro Municipal de Saúde (CMS) José Breves e a Clínica da Família Heitor dos Prazeres, na Cidade Alta, foram fechadas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as unidades acionaram o protocolo de acesso mais seguro. “Para segurança de usuários e profissionais, não há previsão para abertura na manhã desta quarta-feira (2). Nova avaliação do território será realizada posteriormente.”
Edição: Maria Claudia


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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