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UFRJ assina contrato de concessão de área onde está o Canecão
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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinou nesta quarta-feira (7) contrato de concessão de uma área no campus da Praia Vermelha, na Urca, onde está localizada a tradicional casa de shows Canecão. Desde 2010, o local está fechado. O consórcio Bônus-Klefer, que tem as empresas Bônus Track Entretenimento e Klefer Produções e Promoções, vai administrar a área por 30 anos e investir pelo menos R$ 137,7 milhões em um novo projeto. Esse montante será dividido em R$ 84 milhões para a parte cultural e R$ 53,7 milhões para as instalações acadêmicas.
Luiz Oscar Niemeyer, presidente da Bônus Track Entretenimento e conhecido produtor de eventos musicais, disse que o consórcio tem um prazo de 9 meses para concluir o projeto e submeter à aprovação da UFRJ. A partir disso, a previsão é que as obras do novo espaço sejam concluídas em dois anos e meio. A área total de intervenções é de 15 mil metros quadrados, que vai ser transformada em uma nova área pública de lazer. Nela, vai ser construído o novo espaço cultural multiuso – em substituição ao Canecão, que vai ser demolido – e um outro local para eventos artísticos chamado Espaço Ziraldo.
“A comunidade artística brasileira ressente da ausência do Canecão. Ele é um ícone do Rio de Janeiro. Algo importantíssimo que acabou. A gente vai retomar isso”, disse Niemeyer. “Nós pretendemos acelerar ao máximo os trabalhos, mas essas coisas levam tempo. Vamos procurar fazer o melhor: um projeto que atenda sob todos os aspectos os artistas, o público e a comunidade de uma maneira geral. Hoje é um dia muito marcante para a cidade do Rio de Janeiro”.
O consórcio venceu, em fevereiro desse ano, o leilão de concessão da área com um lance de R$ 4,35 milhões. Esse valor vai ser usado pela UFRJ na compra de equipamentos para as novas instalações. O contrato de concessão prevê que o consórcio construa um restaurante universitário no campus da Praia Vermelha, com capacidade para oferecer 2 mil refeições por dia, e dois prédios para uso da instituição, como atividades de pesquisa e extensão.
Parte da comunidade acadêmica se opôs ao projeto e organizou protestos inclusive no dia do leilão. Eles defendiam que o investimento deveria ser integralmente público, sem a participação de capital privado. Carlos Frederico Rocha, reitor em exercício da UFRJ, defendeu que a concessão foi a melhor alternativa para a instituição e minimizou as vozes contrárias.
“É um sentimento minoritário no nosso corpo social. Tanto que o projeto foi aprovado pela maioria. Temos centros acadêmicos favoráveis ao projeto, principalmente os que vão ser afetados por ele. Está prevista a construção de 8 mil metros quadrados de salas de aula. Na medida em que as contrapartidas forem dadas e o local se constituir como um polo cultural para uso acadêmico, até os que são contrários verão aquela área com outros olhos”.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi um dos atores no planejamento da concessão e atração de investidores. Luciene Machado, superintendente responsável pela estruturação de projetos do banco, disse que a construção do novo espaço cultural atende a uma demanda pública.
“É importante participarmos de projetos como esse e atuarmos como instituição pública federal favorecendo a educação, que é um norte fundamental de desenvolvimento. Isso por intermédio do equipamento cultural que vai ser construído e devolvido para a sociedade. Como banco de desenvolvimento, sentimos que estamos cumprindo a nossa missão com esse projeto”.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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