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UFRJ vai apoiar projetos na chamada Favela e Universidade
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Estão abertas até o dia 28 de fevereiro as inscrições para a chamada Favela e Universidade 2022, promovida pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o objetivo de apoiar projetos de coletivos e organizações externas à UFRJ no estado do Rio de Janeiro, atuantes em áreas vulneráveis, como favelas e periferias.

A iniciativa é uma parceria com o Laboratório de Inovação Cidadã da UFRJ (Labic) e vai distribuir R$ 140 mil a 40 projetos. As inscrições podem ser feitas no endereço do laboratório. Os recursos são provenientes de emendas parlamentares, projetos de incentivo do Parque Tecnológico da UFRJ e de agências de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Serão selecionados projetos ou ações que estejam mais adequados à ideia de inovação cidadã, que estejam implantados no território há mais tempo, que tenham uma rede em torno deles, que sejam relevantes, que tragam impacto à comunidade, que tenham possibilidade de continuidade e tenham parcerias, informou à Agência Brasil a pró-reitora de Extensão da UFRJ, Ivana Bentes. “A nossa ideia é apoiar os projetos que já existem mas, também, a gente tem uma parte da premiação para projetos mais iniciantes que precisam de apoio e tecnologia para se desenvolver”.
Mentorias
Os projetos já desenvolvidos receberão apoio de R$ 5 mil, cada. Para os projetos em estágio inicial, será conferido aporte de R$ 2 mil, cada. Ivana Bentes disse que o recurso financeiro é importante, mas ressalta que o maior recurso que está sendo disponibilizado é em mentoria, tecnologias, em conexão com outros projetos similares, formação de rede (network), equipes. “Isso tudo hoje é recurso valioso”.
Durante cerca de quatro meses, em 15 encontros semanais, equipes de três pessoas, incluindo professores da UFRJ, lideranças comunitárias do Rio de Janeiro e do Brasil e convidados, vão ajudar a acelerar os projetos. As ações selecionadas farão parte do Laboratório de Inovação Cidadã (Labic). Podem se inscrever iniciativas voltadas para o enfrentamento à covid-19; mídias e diversidade; tecnologias, redes, dados e plataformas; ações culturais; formação livre; economia; e cidadania. “A universidade tem expertise, mas os territórios também desenvolveram logística. A gente viu isso na pandemia, os grupos criarem soluções para suas comunidades”, destacou a professora.
Os encontros são públicos e podem ser acompanhados virtualmente por quem quiser se tornar um colaborador. Essa é a quinta edição da chamada Favela e Universidade. A primeira ocorreu em 2017 e, até 2019, todas foram realizadas presencialmente. A partir de 2020, com a pandemia do novo coronavírus, elas ocorreram virtualmente. Este ano, o evento será híbrido, seguindo as recomendações de biossegurança da UFRJ. Vai começar virtualmente mas, se a pandemia acabar arrefecendo, a ideia é fazer encontros presenciais também, com algumas reuniões, inclusive, acontecendo nos próprios territórios, explicou a pró-reitora de Extensão.
Inovação Cidadã
Os Laboratórios de Inovação Cidadã são espaços de criação e experimentação de soluções para problemas e desafios da sociedade, com o envolvimento das próprias comunidades. A última edição contou com a participação de nomes como Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (Cufa), e Raull Santiago, cofundador do Coletivo Papo Reto e do Perifa Connection, entre outras lideranças. O Labic UFRJ tem como referência a metodologia da Inovação Cidadã, promovida pela Secretaria Geral Iberoamericana (Segib).
Extensão
A Pró-Reitoria de Extensão é o setor da UFRJ responsável por conectar a universidade à sociedade. Com 3 mil projetos de diferentes áreas, as ações de extensão beneficiam um público de mais de 2 milhões de pessoas por ano, em todo o Brasil, com pesquisas, eventos, cursos, oficinas e capacitações.
A chamada completa Favela e Universidade 2022 pode ser acessada na página do laboratório.
Dúvidas e informações podem ser esclarecidas no e-mail do Favela Universidade.
Edição: Fernando Fraga
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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