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Dia do Hospital: Importância dessas instituições para a saúde da sociedade

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No Dia do Hospital, celebrado em 02 julho, é fundamental destacar a importância dessas instituições para a saúde e o bem-estar da população brasileira. Os hospitais são pilares fundamentais do sistema de saúde, oferecendo atendimento médico de qualidade e cuidado aos pacientes em todo o país. Sua importância para a sociedade fica evidente sempre em momentos críticos, como na pandemia da Covid-19 ou nos surtos sazonais de doenças ao longo do ano, como a gripe, dengue e tantas outras.

Os hospitais desempenham um papel crucial na prestação de serviços de saúde, desde atendimentos de emergência até tratamentos contínuos e cirurgias de todos os níveis de complexidade. Além disso, são responsáveis por promover a saúde e prevenir doenças, oferecendo serviços de prevenção e educação para a saúde da população.

Aqui, os hospitais privados também desempenham um papel importante no atendimento às demandas, eles oferecem uma opção adicional para os pacientes que buscam atendimento médico de qualidade reduzindo a sobrecarga no serviço público. Além disso, os hospitais privados investem em tecnologia e infraestrutura de ponta, o que sem dúvida melhora a qualidade do atendimento e os resultados para os pacientes.

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No entanto, os hospitais brasileiros enfrentam desafios significativos para prestar um serviço de qualidade à população. A remuneração inadequada faz com que muitas vezes os hospitais enfrentem dificuldades para manter suas operações e inviabilizam maiores investimentos.

Na rede particular a insegurança jurídica tem trazido prejuízos ao setor. A saúde suplementar tem enfrentado grandes desafios que impactam diretamente na relação entre hospitais privados e planos de saúde. A falta de clareza e previsibilidade nas normas, regulamentos, contratos não cumpridos e a crescente judicialização na saúde geram incertezas para profissionais, instituições e pacientes. Essa situação impacta diretamente na gestão e saúde financeira dessas instituições.

Para superar esses desafios, é fundamental que os hospitais brasileiros sejam apoiados por políticas eficazes e bem representados em todas as instâncias, sejam por grupos políticos, instituições como associações e um sistema sindical forte e atuante, como o Sindessmat, que representa os hospitais de todo o estado de Mato Grosso e está sempre pronto a defender os interesses dessas instituições e apoiá-los da melhor forma, seja através de assessorias técnicas, representação institucional e projetos contínuos de educação, levando conhecimento aos profissionais para que os hospitais avancem a cada dia, provendo mais acesso à saúde de toda a população.

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Por isso, neste Dia do Hospital, nossa homenagem é também o reforço de um compromisso em fortalecer essas instituições que garantem a saúde à população por meio de profissionais qualificados, dedicados e comprometidos, estruturas, tecnologias, espaço físico, tudo pensado no bem-estar de quem mais importa, o paciente.

José Altino de Souza é médico e presidente do Sindicato das Empresas de Saúde de Mato Grosso

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Efeito Cotribá: decisão inédita ameaça ou protege o agronegócio em Mato Grosso?

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A decisão inédita que concedeu à cooperativa gaúcha Cotribá uma proteção judicial semelhante à recuperação judicial (RJ), mesmo sem previsão legal expressa, tornou-se um dos episódios mais controversos do direito empresarial recente. E seus efeitos podem ir muito além das fronteiras do Rio Grande do Sul.

Em estados com forte presença do agronegócio, como Mato Grosso, o episódio acende um alerta: se um tribunal abriu a porteira para uma solução jurídica inédita, outros estados podem sentir-se estimulados a testar caminhos semelhantes.

Mato Grosso abriga algumas das maiores cooperativas, tradings e empresas do país. Seu ciclo econômico depende intensamente de crédito rural, armazenagem complexa, logística cara e cadeias produtivas altamente interligadas. Nesse ambiente, decisões que flexibilizam mecanismos de proteção financeira são observadas de perto, e podem rapidamente se transformar em estratégia.

Segundo levantamento da Serasa Experian, a inadimplência no agronegócio alcançou 8,1% no terceiro trimestre de 2025, o maior índice desde o início da série histórica, em 2022. Em muitos casos, as dívidas já ultrapassam 180 dias de atraso. O cenário reforça o estresse financeiro vivido pelo setor e ajuda a explicar por que precedentes como o da Cotribá repercutem tão fortemente no país.

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Para justificar sua decisão, em novembro de 2025, o juiz Eduardo Sávio Busanello argumentou que a Cotribá, embora juridicamente distinta de uma empresa, opera com porte, faturamento e estrutura equivalentes às grandes corporações do agro e que, portanto, mereceria acesso a instrumentos típicos da atividade empresarial. A tutela concedida suspendeu execuções, bloqueios e cobranças por 60 dias, dando fôlego ao caixa e permitindo que a cooperativa reorganizasse suas dívidas bilionárias.

O magistrado acolheu essa tese e, afastando o formalismo da lei, aplicou por analogia os mecanismos da recuperação judicial, invocando princípios como a preservação da empresa e a função social da atividade econômica — aqueles que, na prática, parecem servir tanto para justificar decisões inovadoras quanto para críticas por suposta elasticidade interpretativa.

Se, por um lado, a medida foi celebrada como forma de evitar um colapso que poderia arrastar produtores, funcionários e fornecedores, por outro, reacendeu o debate sobre ativismo judicial, insegurança jurídica e incentivos potencialmente perversos. Afinal, cooperativas sempre estiveram fora do alcance da RJ por determinação legal, e flexibilizar essa barreira pode gerar efeitos inesperados em outros estados.

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Em um contexto de seca, quebras de safra e oscilações violentas de preços, fenômenos frequentes no Centro-Oeste, o Judiciário pode ser acionado tanto como instrumento de sobrevivência quanto como ferramenta estratégica de renegociação. Para Mato Grosso, isso pode representar, simultaneamente, uma rede de proteção em momentos críticos e uma nova camada de incerteza no já complexo ambiente de crédito do agronegócio.

O “Efeito Cotribá” não é apenas um debate jurídico: é um sinal de que o mapa de riscos do agronegócio está mudando. Se decisões semelhantes começarem a se replicar, Mato Grosso pode se tornar palco dos próximos capítulos dessa história, seja como protagonista de soluções emergenciais, seja como vítima da insegurança que precedentes ousados podem gerar.

No fim, o caminho dependerá de como o Judiciário brasileiro lidará com esse novo “campo minado”: criativo o suficiente para oferecer soluções inéditas, mas perigoso demais para ser pisado sem cautela.

Felipe Iglesias é advogado e especialista em Direito Empresarial, à frente do Iglesias Advogados, referência no Mato Grosso em recuperação litigiosa de créditos em recuperação judicial

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