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Saúde integrativa para mulheres que querem viver mais tempo com qualidade de vida

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Por Bruna Ghetti

Como médica que atua na área da ginecologia há algum tempo, tenho visto de perto a crescente valorização da saúde integrativa no que diz respeito à promoção do bem-estar das mulheres ao longo dos anos. A saúde feminina é um domínio multifacetado que vai muito além dos aspectos puramente físicos.

Inclui também o emocional, o social e até mesmo o espiritual. A adoção de uma perspectiva integrativa nos permite cuidar da mulher de forma holística e completa, entendendo que cada indivíduo possui necessidades e vivências únicas.

Qual é o conceito de saúde integrativa?

Saúde integrativa é uma maneira de cuidado que une métodos da medicina tradicional com abordagens complementares para promover o equilíbrio geral da paciente do sexo feminino. Esta abordagem é particularmente importante na área da ginecologia devido à conexão entre aspectos hormonais, emocionais e físicos da saúde feminina. Ao considerarmos a mulher como um todo no cuidado de sua saúde, podemos proporcionar um tratamento mais eficiente e adaptado às necessidades individuais.

As mulheres costumam, em média, viver mais que os homens. No entanto, isso não garante uma vida isenta de doenças ou desconfortos associados ao gênero feminino como menopausa e questões cardiovasculares que afetam mais as mulheres e podem impactar sua qualidade de vida de maneira significativa. Portanto é crucial adotar uma postura proativa em relação à saúde com foco na prevenção e autocuidado.

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Uma alimentação adequada é essencial para manter a saúde da mulher em boa condição física e mental ao longo de sua vida adulta e na fase pós-menopáusica. É recomendável optar por uma dieta repleta de antioxidantes, fibras e nutrientes fundamentais como o cálcio e vitamina D, que desempenham um papel crucial na preservação da saúde dos ossos durante e após esse período da vida da mulher.

Fazer atividade física regularmente é essencial não só para manter o peso sob controle, mas também para a saúde mental e emocional das pessoas que atendo em meu consultório. Incentivo-as a encontrarem prazer em atividades como caminhar ao ar livre ou praticar dança e yoga, pois essas práticas contribuem positivamente para diminuir o estresse do dia a dia.

Saúde Mental: o equilíbrio emocional é fundamental para uma saúde completa e integrada; a prática de mindfulness, meditação e aconselhamento podem trazer grandes benefícios para lidar com as variações hormonais e os obstáculos do dia a dia.

Relações Sociais: A ajuda de amigos é essencial para o bem-estar emocional das pacientes; é essencial cultivar laços saudáveis e participar de eventos locais para fortalecer o sentimento de pertencimento e alegria.

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Cuidados Preventivos: É fundamental fazer exames ginecológicos regulares como mamografias e Papanicolau para detectar precocemente doenças relacionadas à saúde feminina e é igualmente crucial aprender sobre saúde sexual e reprodução como parte essencial do cuidado ginecológico.

Saúde integrativa representa uma metodologia impactante capaz de revolucionar a maneira como cuidamos da saúde das mulheres e fomentamos a longevidade. A minha missão como ginecologista é capacitar as minhas pacientes a adotarem um estilo de vida que preze não só pela longevidade mas também pela qualidade de vida.

Investir em saúde integrativa é essencial para assegurar que as mulheres não apenas tenham uma vida mais longa e saudável, mas também vivam com bem-estar e alegria plena. Estou presente para apoiá-las em cada etapa desse caminho ao oferecer cuidados que reconhecem e celebram a individualidade de cada mulher.

Drª Bruna Ghetti é médica ginecologista, referência em saúde íntima e longevidade da mulher

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Brasil: Polarização e a Estrada do Caos – Reflexão sobre o extremismo político e a urgência do diálogo

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por Breno Augusto Pinto de Miranda

Vivemos, no Brasil, um tempo em que a política deixou de ser um instrumento de construção coletiva para se tornar um campo minado de ressentimentos. As cores, as bandeiras e os discursos, que deveriam ser expressão de diversidade democrática, transformaram-se em trincheiras.

A polarização política, hoje alimentada por paixões inflamadas e pela retórica de guerra, avança como uma força corrosiva, desgastando instituições, corroendo a confiança e minando a convivência social em todas as instâncias.
Não se trata aqui de demonizar a esquerda ou a direita.

Por óbvio, cada vertente política carrega sua contribuição legítima para o país: a esquerda, com sua histórica atenção à justiça social, à redução das desigualdades e à proteção dos mais vulneráveis; a direita, com sua ênfase na liberdade individual, na responsabilidade fiscal e na garantia e fortalecimento de um ambiente econômico estável e seguro.

Ambas as posições têm seu papel e seu valor, até porque o que empobrece o debate não é a existência desses polos, mas o extremismo que os desfigura e enfraquece o próprio Estado Democrático de Direito.

O extremismo, seja qual for o lado, fecha portas e abre abismos. Ele substitui o argumento pela acusação, o diálogo pelo ataque, a discordância pela desumanização do adversário. É nesse ambiente que proliferam as inverdades, a intolerância ideológica e até a violência física, como vimos em episódios recentes que envergonharam o país diante do mundo.

Seguir por esse caminho é trilhar a estrada do caos, onde a razão perde espaço para o ódio e o país se afasta de qualquer horizonte comum. Quando a política se reduz a uma guerra permanente, perde-se de vista o objetivo maior: melhorar a vida dos brasileiros.

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Não há nação que prospere sob permanente estado de hostilidade interna. Um país dividido ao meio, que não se reconhece como parte de um mesmo destino, condena-se à paralisia. Investidores hesitam, políticas públicas ficam reféns de ciclos curtos e vinganças recíprocas, e a população, verdadeira razão de ser do Estado, paga o preço da ineficiência e da instabilidade.
É por isso que precisamos resgatar o diálogo e, que fique claro, isso não significa renunciar a convicções, mas reconhecer que ninguém, sozinho, tem o monopólio da verdade. Pelo contrário, significa admitir que soluções duradouras exigem a contribuição de diferentes visões, que o contraditório é saudável e que a pluralidade é a essência da democracia.

O filósofo grego Aristóteles já advertia: “A virtude está no meio”. É no equilíbrio entre as virtudes de cada campo e no repúdio aos excessos que as corrompem que poderemos encontrar o caminho para um Brasil mais justo e próspero.

A sociedade civil, os líderes políticos e as autoridades constituídas têm responsabilidade histórica neste momento. Não se constrói o futuro com insultos, mas com pontes; não se governa com hostilidade permanente, mas com a disposição de ouvir e mediar. Os grandes avanços da história nacional, da redemocratização à estabilidade monetária, só foram possíveis porque se buscou algum grau de convergência entre forças distintas.

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O Brasil não precisa ser um campo de batalha. Pode – e deve – ser um espaço de encontro, de construção coletiva. Não precisa ser um país rachado, mas um país que se enriquece na diferença e no diálogo.

Ainda há tempo para isso, mas o tempo urge. É preciso resgatar o respeito às regras que valem para todos, independentemente de partido, ideologia ou qualquer outra circunstância.

É hora de nossas lideranças políticas – e de nós mesmos – revelarmos a maturidade que separa as nações que prosperam daquelas que desaparecem da história. Se falharmos, não haverá vencedores. Certamente, restará apenas um país mais pobre, mais fraco e absolutamente dividido.

Que cada um de nós, ao se deitar esta noite, se pergunte: quantas vezes, hoje, eu ouvi sem interromper? Quantas vezes, hoje, busquei compreender em vez de julgar? Talvez a pátria que sonhamos não esteja apenas nas mãos de governantes, mas também no gesto simples de cidadãos que, dia após dia, escolhem a escuta, a empatia e o encontro.

Porque o Brasil que queremos começa na palavra que dizemos, no silêncio que permitimos e no respeito que oferecemos. E, quem sabe, quando olharmos uns para os outros com menos medo e mais humanidade, possamos perceber que, apesar dos polos que nos afastam, o horizonte é o mesmo.

Breno Augusto Pinto de Miranda é advogado e Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

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