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Abertura dos Jogos Paralímpicos Mato-grossenses 2024 emociona com superação e inclusão

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Na noite de quinta-feira, 27 de junho, o município de Várzea Grande brilhou ao sediar a abertura dos Jogos Paralímpicos Mato-grossenses 2024, um evento marcante que celebra a força, a determinação e a inclusão. Com mais de 300 pessoas envolvidas entre professores do esporte e atletas de 15 municípios de Mato Grosso, a abertura do evento foi no ginásio poliesportivo “Julio Domingos de Campos” (Fiotão), que é o Centro Paralímpico do Estado.

Os municípios participantes são: Alta Floresta, Alto Paraguai, Alto Garças, Brasnorte, Cáceres, Campo Verde, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Paranatinga, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Várzea Grande. As competições vão até domingo, 30 de junho, abrangendo diversas modalidades como atletismo, natação, goalball, tênis de mesa, bocha, badminton, halterofilismo e judô, divididas em categorias que vão do sub-11 ao absoluto.

A cerimônia de abertura foi um momento de grande emoção e simbolismo, com a entrada da tocha olímpica trazendo lágrimas aos olhos dos presentes. O atleta Miguel Wistoni, do Centro de Referência Paralímpico de Várzea Grande, iniciou o percurso da tocha. Miguel, que é cadeirante, utilizou um equipamento adaptado pela Federação Mato-grossense de Skate, e pode fazer o percurso em pé, mostrando que a tecnologia e a inovação podem transformar vidas.

Miguel passou a tocha para Maria Arruda Mux, de apenas 7 anos, uma atleta com síndrome de Down que já passou por três cirurgias cardíacas. Maria, que também é bailarina, encantou a todos com sua determinação e graça. Finalmente, a tocha foi entregue a Ana Carolina Duarte Ruas Custódio, uma atleta de 35 anos com deficiência visual. Ana Carolina, que já representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Atenas, Pequim, Londres, Rio de Janeiro e Tóquio, acendeu a pira olímpica, simbolizando o espírito de superação e inclusão que permeia o evento. Já o juramento do atleta, foi feito por Bruna Batista Neves, que possui dificuldade de locomoção.

O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, expressou sua satisfação em sediar os jogos: “Nós somos centro de referência em esportes paralímpicos dentro do Estado. Fazer esse acolhimento, ter essa integração com os pais e atletas, sem dúvida, contribui para o convívio e a saúde dessas pessoas. Para mim, como prefeito, é uma satisfação enorme ver a cidade não apenas realizando obras físicas, mas também promovendo políticas públicas inclusivas para todos os cidadãos”.

Silvio Fidélis, Secretário Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer, destacou a importância do evento para Várzea Grande: “Hoje, estamos recebendo os Jogos Paralímpicos com 15 municípios e mais de 180 atletas. Somos referência em educação inclusiva e temos o Centro Paralímpico com sete modalidades. Investimos no esporte porque acreditamos no poder transformador que ele tem”.

David Moura, Secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, e ex-judoca brasileiro, também se emocionou ao falar do evento: “É um dia muito especial. Entrei na Secretaria e compreendi a importância do Esporte Paralímpico na gestão. Conheço grandes ídolos do esporte paralímpico e ver mais de 180 atletas aqui é indescritível. Este campeonato estadual representa um marco, o início de um novo ciclo para o esporte paralímpico em nosso estado. Agradeço à Prefeitura de Várzea Grande pela parceria e a todos que tornaram este evento possível”.

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Além das competições, os Jogos Paralímpicos Mato-grossenses 2024 servem como seletiva para a etapa nacional das Paralimpíadas Escolares, promovidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Este evento é uma celebração da diversidade e da capacidade humana de superar desafios, inspirando a todos com exemplos de coragem e determinação.

A competição esportiva que segue até domingo em locais de Várzea Grande e Cuiabá, reúne 180 atletas com deficiências física, intelectual e visual em disputas nas modalidades atletismo, natação, goalball, tênis de mesa, bocha, badminton, halterofilismo e judô. Divididas por faixa etária, as disputas abrangem as categorias sub-11, sub-14, sub-16 e sub-18, com atletas de 9 a 17 anos. Haverá também disputas nas categorias adulto master (18 a 35 anos) e absoluto (36 anos ou mais).

Também prestigiaram a abertura o secretário adjunto da Secel-MT, Roberto Campos Correia Junior; a secretária-adjunta da Casa Civil de Mato Grosso, Claudia Cristina Ferraz; o conselheiro do Comitê Paralímpico de Mato Grosso, Marcino de Oliveira; o conselheiro do Conced-MT Alex Lili, o presidente da Federação de Desporto para Cegos, Udeilson Cezar de Arruda, os vereadores Pedro Paulo Tolares (presidente), Mauro Sergio Pereira, Braz Jaciro, Hilton Gusmão, Paulo Cezar Oliveira e Rosemary Prado. Além dos secretários municipais Cel Alessandro Ferreira (Defesa Social), Giorgio Gomes (Chefe de Gabinete) e Ismael Alves (Governo).

VÁRZEA GRANDE É REFERÊNCIA – A cidade de Várzea Grande, com seu compromisso com a inclusão e o esporte, acolheu de braços abertos atletas e espectadores, proporcionando uma experiência inesquecível e reafirmando seu papel como centro de referência em esportes paralímpicos no estado de Mato Grosso.

A superintendente de Esportes e Lazer de Várzea Grande, Anaíza da Silva Conceição, explicou que os Jogos Paralímpicos Mato-grossenses 2024 são mais do que uma competição; “é uma celebração da vida e da capacidade humana de se superar, inspirando a todos nós com exemplos de coragem e determinação”, disse. Também lembrou que o Centro Paralímpico capacita profissionais da educação física para ensinar alunos com deficiência em todo estado.

Rodrigo Rafael Pires da Silva, professor de educação física da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer (SMECEL), falou sobre o impacto transformador do esporte na vida de alunos com deficiência:

“O esporte é extremamente importante, especialmente o esporte inclusivo, porque traz um lado mais humano para as crianças. Observamos que nossos alunos e atletas evoluem não apenas no campo esportivo, mas também no social e educacional. Temos hoje atletas com deficiência intelectual que estão cursando e se formando na faculdade, e outros que iniciaram seus próprios empreendimentos. Tudo isso graças ao esporte, que promove inclusão e mostra que eles podem alcançar muito mais. Eles não ficam mais à margem; mostramos que podem ser bem-sucedidos não só no esporte, onde muitos já são medalhistas, mas também em outras áreas da vida”.

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Em relação à formação de professores, o Centro Paralímpico também atua na capacitação, com programas desenvolvidos em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Prefeitura de Várzea Grande. “Recebemos professores de diferentes regiões, e os professores da SMECEL também participam de capacitações externas. Este ano, já participamos de duas formações em outros estados, ampliando nosso conhecimento e práticas inclusivas”, disse a superintendente Anaíza da Silva Conceição.

EXEMPLOS QUE EMOCIONAM E INSPIRAM – Danitieli Souza Cordeiro Estropa, mãe de Isabela Souza Estropa Gonçalves, de 12 anos, compartilhou a inspiradora jornada de sua filha. Isabela, que tem síndrome de incontinência pigmentar, também conhecida como síndrome Sandra Bloch-Susie Berg, e paralisia cerebral, começou a frequentar o Centro Paralímpico há um ano, após ser convidada por vários professores. Inicialmente, ela se dedicou à bocha, mas rapidamente encontrou sua paixão no atletismo. A prática esportiva trouxe inúmeros benefícios para Isabela, desde a socialização até melhorias significativas na saúde.

“Isabela já compete em nível nacional, tendo se tornado vice-campeã e estabelecido recordes nacionais no arremesso de peso em sua categoria. Além do arremesso de peso, ela também se destaca no arremesso de disco. A atividade física funciona como uma terapia que fortalece o corpo de Isabela, aumentando a massa muscular e regulando indicadores de saúde como colesterol e vitaminas. Nunca imaginei que teria uma filha atleta, estou orgulhosa dela e com o apoio constante da família, quero que ela continue a se desenvolver e a crescer como atleta. Os coordenadores e professores do centro apostam muito no talento de Isabela, e a família sempre garante que ela tenha a liberdade de decidir sobre sua participação nas atividades esportivas”, afirmou a mãe.

Kayenne Caroline Alves Pereira conheceu o projeto paralímpico através do professor Altemir, um dos coordenadores. Ela começou no judô e, posteriormente, descobriu o atletismo, onde encontrou sua verdadeira paixão devido à sua força física, que é bem desenvolvida por conta da sua deficiência. Desde o final de 2022, kayenne tem se dedicado ao atletismo, e hoje, ela vislumbra uma carreira profissional no esporte.

“Eu sempre gostei muito de esportes. Além de serem bons para a saúde, eles melhoram nosso dia a dia, a convivência com outras pessoas, promovem a inclusão e proporcionam muita diversão. Nunca vejo o esporte apenas como trabalho, mas também como um momento de lazer. A prática esportiva trouxe muitos benefícios para mim, tanto na inclusão social quanto na formação de novas amizades. Hoje sou mais independente, já viajei sozinha para uma competição, algo que antes parecia impossível. Meu primeiro treino de natação durou um mês e meio, e consegui o segundo lugar em São Paulo. Foi uma experiência que me deixou muito feliz,” compartilhou, destacando a importância do esporte em sua vida.

Fonte: Prefeitura de Várzea Grande – MT

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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