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Confira as principais decisões do Conselho Pleno da Ordem em 2022

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O Conselho Pleno da OAB Nacional, instância máxima da advocacia brasileira, já aprovou, em 2022, diversas propostas para beneficiar os advogados e advogadas em todo o país. Desde que a nova gestão da Ordem assumiu, em fevereiro, foram realizadas três reuniões do órgão, uma em março e duas em abril. Os 81 conselheiros federais (três de cada bancada estadual) discutiram temas importantes, como as indicações da Ordem para órgãos de fiscalização, acordos com o INSS, mudanças no Regulamento Geral da Advocacia e propostas em defesa das prerrogativas.

O presidente da OAB Nacional ressalta a relevância da participação dos colegas no Pleno. “Temos o compromisso firme com a pluralidade e com a diversidade. Queremos construir uma gestão com a participação de todos os conselheiros e conselheiras federais. Isso é importante, para que a OAB atenda melhor à advocacia”, afirmou Beto Simonetti.

O colegiado se reúne, em geral, uma vez por mês, na sede do Conselho Federal, em Brasília. Além dos conselheiros federais, o plenário recebe ainda os membros honorários vitalícios da Ordem, presidentes de seccionais e os homenageados com a medalha Rui Barbosa. Todos eles têm direito a voz nas discussões e podem se inscrever para participar dos debates. A pauta é definida previamente e divulgada no Diário Eletrônico e no site da Ordem. Para cada processo, é designado um relator, responsável por analisar as proposições e emitir um voto.

No dia da sessão, os relatores apresentam o voto, é realizado o debate e, depois, a votação das proposições. A primeira pauta importante de 2022 foi sobre a manutenção de um acordo com o INSS para ao atendimento prioritário da advocacia. Os conselheiros federais aprovaram a solicitação para a prorrogação dos termos, por 180 dias, para garantir a prioridade da advocacia nos atendimentos.

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“Este acordo também previu a possibilidade de criação do ‘guichê virtual’, uma espécie de balcão virtual, proporcionando ao advogado falar com o servidor do INSS por videochamada. Temos notícias de que referida ferramenta foi implementada em algumas seccionais, tendo um bom resultado para a advocacia previdenciária”, garantiu a relatora da proposição na época, a conselheira federal Aurilene Uchôa de Brito (AP).   

Defesa das Prerrogativas

Ainda em março, os conselheiros federais aprovaram uma proposta da bancada catarinense de um projeto de lei que sanciona disciplinarmente a violação de prerrogativas da advocacia por servidor público federal. “O intuito é resguardar não apenas as prerrogativas da advocacia, mas também a cidadania, já que o advogado representa o cidadão, que precisa ter garantido seu acesso aos direitos e ao sistema de Justiça. Esperamos que sirva de paradigma para os estatutos de outras seccionais”, apontou o vice-presidente da OAB Nacional, Rafael Horn

O tema das prerrogativas seguiu nas reuniões de abril. A OAB Nacional aproveitou as sessões do mês para apresentar a nova campanha de defesa das prerrogativas, capitaneada pelo presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Ricardo Breier, e para anunciar a criação do Observatório em Defesa dos Honorários, apresentado pelo procurador nacional de Defesa das Prerrogativas, Alex Sarkis, e pelo vice-presidente, Rafael Horn. 

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“Tendo em vista que a defesa das prerrogativas é uma das diretrizes prioritárias e fundamentais da nossa gestão, o (Ricardo) Breier imaginou uma campanha que chegue à ponta das seccionais, para que haja essa conexão, essa certeza de que o advogado é bem representado pela Ordem dos Advogados do Brasil”, afirmou o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, na sessão.

Indicações

O Pleno da Ordem também debateu e votou pelas indicações dos advogados Rodrigo Badaró e Rogério Varela para ocupar as vagas destinadas à advocacia no Conselho Nacional do Ministério Público. Os dois nomes foram depois aprovados pelo Senado Federal, junto com as indicações da Ordem ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feitas ainda no ano passado

Exame de Ordem

Os debates no Conselho Pleno também envolveram mudanças no Exame de Ordem. A terceira maior prova do país, atrás apenas do Enem e do Enade, ganhou novas disciplinas obrigatórias. Os examinandos também ficaram livres para escolher o local onde pretendem realizar as provas, já que antes eram obrigados e realizar o teste na cidade de conclusão da graduação ou do domicílio eleitoral. 

Por fim, o colegiado debateu ainda mudanças no Regulamento Geral da Advocacia, aprovando a inclusão de um dispositivo que trata da modulação dos efeitos das decisões nos processos administrativos. A decisão acrescenta ao texto o art. 144-C, que tem como objetivo a restrição da eficácia temporal das decisões do órgão julgador superior competente. 

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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