Search
Close this search box.
CUIABÁ

JURÍDICO

OAB Nacional prestigia comemoração dos 20 anos do Código Civil de 2002

Publicados

JURÍDICO

O Conselho da Justiça Federal (CJF) sedia, entre quinta-feira e sexta-feira (19/5 e 20/5), a IX Jornada de Direito Civil – Comemoração dos 20 anos da Lei 10.406/2002?e da Instituição da Jornada de Direito Civil”. O vice-presidente da OAB Nacional, Rafael Horn, representou a entidade no encontro. 

As jornadas deste ano têm, pela primeira vez, uma comissão temática de direito digital. O evento já tinha outros seis grupos de trabalho dedicados a áreas específicas do direito civil. Nesta edição houve um número recorde de propostas de enunciados encaminhadas: 915. O primeiro encontro, realizado em setembro de 2002, reuniu 130 juristas e aprovou 137 anunciados.

A IX Jornada conta com a coordenação geral do ministro Jorge?Mussi, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do CJF e diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ/CJF), e com a coordenação científica?dos ministros do STJ?Luis?Felipe Salomão, Paulo de Tarso?Sanseverino?e Marco Aurélio?Bellizze.  

O objetivo do encontro é promover o delineamento de posições interpretativas sobre o direito civil contemporâneo, adequando-as às inovações legislativas, doutrinárias e jurisprudenciais, a partir de debates entre especialistas e professores, a fim de conferir maior segurança jurídica na aplicação do Código. 

O encontro em celebração ao aniversário da lei e da instituição da jornada é promovido pelo CJF, por intermédio do Centro de Estudos Judiciários (CEJ),?em parceria com o STJ e com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).??

Leia Também:  OAB sempre esteve com a advocacia pública, dizem representantes do segmento

A mesa do evento foi formada pelo ministro Humberto Martins, pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco; pelo vice-presidente do STJ, corregedor-geral da Justiça e diretor do centro de estudos, ministro Jorge Mussi; pelos ministros do STJ e coordenadores científicos da jornada, Luis Felipe Salomão e Mauro Aurélio Bellizze; pelos ministros do STJ, Moura Ribeiro, Marco Buzzi, Antonio Carlos Ferreira; pelo ministro aposentado Cesar Asfor Rocha; pelo presidente da Ajufe, Eduardo Brandão; vice-presidente da OAB, Rafael Horn. 

As jornadas foram criadas com o intuito de delinear posições interpretativas sobre as normas vigentes, adequando-as às inovações legislativas, doutrinárias e jurisprudenciais a partir do debate entre magistrados, professores e representantes das diversas carreiras jurídicas e estudiosos do direito civil.

Em 10 de janeiro de 2002, a Lei 10.406/2002 instituiu o Código Civil e concluiu anos de discussões. O Centro de Estudos de Direito criou a Jornada de Direito Civil ainda no mesmo ano para debater e aprofundar a compreensão dos 2.046 artigos. 

“A relevância desse evento é sobretudo abrir as portas para que a ciência jurídica possa ser construída de modo colaborativo pelos próprios usuários, internos e externos do Poder Judiciário. Celebra-se não só o evento, mas o espaço democrático de reflexão e de debate que se firmou ao longo desses anos, como um dos mais importantes do país”, disse Mussi. 

Leia Também:  Enja tem painel com foco no Estatuto da Advocacia e na luta em defesa das perrogativas da profissão

Salomão afirmou que ainda havia uma dúvida sobre a modalidade do evento, mas que, felizmente, foi possível promover o encontro presencialmente. “As nossas jornadas, concebidas pelo saudoso ministro Ruy Rosado de Aguiar para permitir um diálogo organizado e salutar, mesmo que entre teses e pensamentos contrariados no meio dos diversos atores do cenário jurídico”, comentou o ministro.

O coordenador científico da jornada pontuou que o evento “tem o objetivo de debater os temas mais relevantes e controvertidos relacionados ao direito civil e explicita os posicionamentos mais atualizados e relevantes em franca e profunda atividade dialógica entre doutrina e jurisprudência”.

Sanseverino ressaltou a importância dos enunciados pensados coletivamente no encontro.  “É claro que não são a jurisprudência oficial do STJ, mas sinalizam uma posição de especialistas em direito civil sobre temas controvertidos do Código. Tanto que é muito comum que nos acórdãos do STJ, especialmente a 2ª Seção, especializada em direito privado, a referência a enunciados da jornada”, afirmou.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

JURÍDICO

CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

Publicados

em

A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

Leia Também:  Presidente do Conselho Federal participa de posse do CNJ

Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA