MATO GROSSO
Ação conjunta entre Indea e Mapa apreendeu 4,2 mil toneladas de feijão caupi com resíduos de herbicida
MATO GROSSO
Uma ação conjunta entre o Governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreendeu 4,2 mil toneladas de feijão-caupi, também chamado de feijão-de-corda, com resíduo de herbicida proibido para a cultura. A fiscalização ocorreu de 25 a 27 de maio, no município de Campo Novo do Parecis, distante 401 km de Cuiabá no sentido noroeste. Este o maior volume do produto com comercialização cautelarmente suspensa pelo Ministério.
A ação foi realizada após investigações, em atacadistas e distribuidores, sobre a origem de feijão-caupi contaminado. A mercadoria é referente à safra de 2021 e equivale a 140 carretas carregadas com o produto.
“Embora as análises laboratoriais tenham atestado, que todos os lotes da safra passada estão impróprios para o consumo humano, não se deve concluir que a aplicação irregular de agrotóxicos é prática sistemática na região. Isso ocorreu, porque foram descarregados na mesma moega e acabaram se misturando dentro de silos de até 5 mil toneladas. Para se ter o comprometimento de todo o produto ensilado, basta algumas cargas contaminadas e a movimentação dos grãos entre estruturas de armazenamento”, explica o auditor fiscal federal agropecuário, Cid Rozo.
Segundo a coordenadora de Defesa Vegetal do Indea, Silvana Amaral, a operação foi coordenada pelo Mapa, que demandou o Estado para dar cumprimento à fiscalização. A ação é de extrema importância para retirar do mercado alimentos com índice de resíduos maior do que o permitido ou proibidos. O risco é ainda maior, por se tratar de um alimento presente diariamente na mesa dos brasileiros.
“Além dessa ação específica, o Indea fiscaliza, de forma rotineira, o uso de agrotóxicos nas propriedades rurais. O objetivo principal é garantir a correta utilização desses produtos e minimizar os impactos, que podem ser ocasionados pela sua má utilização, como, por exemplo, a contaminação dos alimentos que chegam à mesa do consumidor”.
Ainda neste ano, novas fiscalizações serão realizadas tanto em feijão comum como em feijão-caupi. Em Mato Grosso, serão realizadas novas ações conjuntas nos demais municípios produtores, além de etapas para identificar a origem da contaminação no campo, por meio de fiscalização dos produtores de feijão-caupi, que entregaram estes grãos durante a safra passada.
Com as intensificações de ações fiscais, e a implementação de processos de controle e monitoramento por indústrias beneficiadoras de feijão na aquisição de matéria-prima, o Mapa tem constatado a diminuição nos índices de produto irregular oferecido no mercado.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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