Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

“Amputações são recorrentes aqui”, diz especialista em feridas

Publicados

MATO GROSSO

Lidando diariamente com feridas diabéticas, vasculares e lesões de pós-operatório, as enfermeiras cuiabanas Merielly Cristina Nantes e Simone Alves Ferreira decidiram se dedicar exclusivamente ao tema, que ainda é pouco conhecido pelo público e até mesmo dentro da enfermagem.

 

Associadas a doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, hanseníase, neoplasias, problemas neurológicos e comorbidades, as feridas apresentam graus diferenciados de comprometimento e são consideradas complexas, necessitando de tratamento adequado e acompanhamento quando a cicatrização é difícil e o processo se prolonga.

Há muita negligência. Tem muitas pessoas que não conhecem que há enfermeiras que atuam somente no tratamento de feridas, por exemplo.

Merielly Nantes começou sua carreira na área de assistência hospitalar. Foi quando percebeu que havia uma grande necessidade do trabalho com feridas, até mesmo nas UTIs. No dia a dia, conheceu Simone, hoje sua sócia em uma clínica em Cuiabá, que na época trabalhava com um curativo tecnológico. 

Elas mantiveram contato e após fazerem suas pós-graduações viram que a necessidade na área continuava. “Em Cuiabá ainda não havia enfermeiros com consultório e iniciamos esse trabalho”, conta.

Leia Também:  MT Hemocentro realizará atendimentos nesta sexta-feira (31)

MÍDIA NEWS

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  VÍDEO: FLAGRANTE DE AMEAÇA DE MORTE EM PEIXOTO: O vereador Gleison Noleto, de Peixoto de Azevedo e candidato à reeleição, se envolveu em discussão política e ameaçou "Sacar uma Arma da Cintura" para atirar em um empresário, no Distrito de União do Norte, em Peixoto.

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  VÍDEO: Garimpeiros de Peixoto de Azevedo, garantem que não utilizam mais mercúrio para extrair o ouro e que a poluição ao meio ambiente reduziu muito. Acompanhe comigo.

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA