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Analistas jurídicos comentam as dificuldades e consequências de Botelho para deixar o União Brasil

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A corrida eleitoral para viabilizar as candidaturas para as eleições de outubro de 2024 para prefeito de Cuiabá,  vem ganhando grande discussão nos bastidores da política em MT. Cuiabá por se tratar de uma capital, é normal que os grupos políticos se articulem para lançar os seus nomes a prefeito. Uma vez que a repercussão é muito maior, e inclusive uma caixa de ressonância, por conta da capital ser o maior conglomerado eleitoral do estado.

Mesmo com vários nomes que já se apresentaram para concorrer às eleições dois nomes vêm se destacando dentro do União Brasil, que é a  do Deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa, e o deputado federal Fabio Garcia. Ambos disputam dentro do partido a vaga de candidato a prefeito por Cuiabá.

Diante da disputa várias situações começaram a se desenhar.

O JB News ouviu alguns juristas para saber quais as dificuldades além de políticas Botelho terão para poder receber o aval da executiva, e com isso ter ser nome registrado candidato a prefeito de Cuiabá.

Botelho vem travado guerra dentro do UB para ter seu nome escolhido, e com isso vem ganhando notoriedade e espaço na discussão.

Nos últimos dias o deputado tentou de várias formas receber o apoio da executiva que tem como presidente o governador Mauro Mendes. Que já adiantou alguns requisitos para que a escolha seja feita. Entre elas o governador chegou a comentar a possibilidade de uma pesquisa qualitativa como requisito de escolha. O que foi refutado por Botelho.

Outra maneira foi lançada pelos irmãos Jayme e Júlio Campos, que chegaram a comentar a possibilidade de a escolha ser na convenção. O que também não foi aceito por Botelho. Que disse que a convenção é muito em cima da eleição e isso dificultaria um acordo entre ele e seus apoiadores. Por conta disso o deputado chegou várias vezes a dizer que, se não for tomado uma decisão da executiva para a escolha antes de dezembro, ele irá tomar uma atitude, o que poderia ser interpretado como uma ruptura dentro do UB,  e com isso ensaiou inclusive sua saída da sigla e a possibilidade de migrar para o PSD.

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Diante desse debate interno o JB News ouviu alguns juristas para saber quais os caminhos o deputado teria para concorrer as eleições de 2024. Caso ele não seja o escolhido pelo UB só existiria algumas saídas , entre elas esta Conseguir a carta de anuência junto a seu atual Partido, bastando está para lhe garantir a migração sem correr qualquer risco de perda de mandato, conforme previsto no §6º, do art. 17, da CF.

Na hipótese de não conseguir anuência para desfiliação junto ao atual Partido, o parlamentar poderá ingressar com uma ação declaratória de justa causa junto ao Tribunal Regional Eleitoral, ocasião em que terá que demonstrar a existência de fatos que configurem justa causa para desfiliação, previstas no parágrafo único, do art. 22-A, da Lei 9.096/95, a saber:

Art. 22-A.  Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.

Parágrafo único.  Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses:

I – Mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;

II – Grave discriminação política pessoal; e

III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

Caso o parlamentar opte por este caminho, caberá a ele demonstrar a existência dos fatos que configurem a justa causa, e o Partido poderá exercer o contraditório a fim de demonstrar a inexistência de justa causa.

Embora seja o menos provável, o parlamentar poderá optar por desfiliar-se sem a anuência e sem buscar o reconhecimento prévio da justa causa junto à Justiça Eleitoral. Nesta hipótese, o Partido poderá propor ação de perda de mandato por infidelidade partidária e, se não o fizer no prazo de 30 (trinta) dias, o primeiro suplente ou o Ministério Público Eleitoral poderão fazê-lo.

Em sendo proposta a ação, o parlamentar poderá exercer o contraditório e tentar comprovar em sua defesa a existência de fatos que configurem justa causa para a desfiliação.

Vale mencionar que a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário é difícil de demonstrar, além do que não há quaisquer fatos que poderiam sustentar uma alegação neste sentido, até mesmo pelo pouco tempo de existência da sigla.

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Já a grave discriminação política pessoal deve ser fundada em fato concreto e grave, sendo o atual entendimento jurisprudencial no sentido que não se configura por eventual dificuldade ou resistência do partido em lançar o parlamentar como candidato em eleições futuras. Neste sentido:

“A grave discriminação política pessoal que legitima a justa causa para a desfiliação partidária exige a demonstração concreta de fatos que tenham o condão de afastar o mandatário do convívio do partido ou que revelem situações claras de desprestígio ou perseguição, não sendo motivo suficiente a eventual dificuldade ou resistência da grei em lançar o ocupante do cargo como candidato em eleições futuras, pois a disputa e a divergência internas fazem parte da vida partidária. Precedentes.” (TSE, Agravo de Instrumento nº 060018408, Acórdão, Relator(a) Min. Og Fernandes, Publicação:  DJE – Diário da justiça eletrônica, Tomo 113, Data 09/06/2020).

Este também é o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.

Diante do impasse, o deputado Botelho recuou na última semana de um anúncio feito pelo PSD de que ele se filiaria no próximo dia 11 de dezembro, justamente por conta das decisões jurídicas que o cerca.

O senador Jayme Campos certa feita pediu respeito e consideração ao deputado, para que a direção estadual do UB dê a ele uma carta de anuência para deixar a sigla, sem responder por infidelidade partidária.

Para Jayme, dificilmente Fabio Garcia e Botelho chegarão a um entendimento de um possível recuo, para que o outro seja o candidato a prefeito. E destacou que se Botelho não tiver espaço para ser o candidato do partido que a executiva possa lhe dar uma carta de alforria, para que ele possa construir seu projeto em outra agremiação.

Botelho espera a chegada do governador Mauro Mendes de uma viagem que fez para a China e da Índia para dar continuidade as tratativas para a escolha do nome que irá disputar a eleição em outubro de 2024.

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Sebrae/MT promove AI Tour para capacitar líderes e empreendedores em Inteligência Artificial

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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) e a plataforma StartSe promovem a AI Tour, uma jornada prática de capacitação voltada para líderes e empreendedores interessados em aplicar a Inteligência Artificial (IA) em seus negócios. O evento conta com imersões sobre ferramentas como ChatGPT, Gemini, Leonardo AI e Promptly, abordando fundamentos, boas práticas e aplicações reais para acelerar estratégias e otimizar processos. A Inteligência Artificial é uma das prioridades da instituição.

De acordo com o diretor técnico do Sebrae/MT, André Schelini, a iniciativa realizada entre os dias 28 e 29 de agosto representa uma oportunidade única para que empresários adquiram diferenciais competitivos. “O objetivo é preparar gestores para atuar com inovação, otimizando processos e garantindo maior competitividade e vantagens estratégicas para seus negócios”, destacou. Entre os principais benefícios estão a redução de custos, aumento da produtividade e a automatização de tarefas, liberando gestores para decisões mais estratégicas.

A capacitação permite que os participantes compreendam o impacto da IA na gestão operacional, aprendam a criar agentes autônomos, desenvolvam projetos com o AI Canvas e descubram como proteger modelos de IA. Segundo o gerente de Inovação do Sebrae/MT, Lucas Moreira, a metodologia foi pensada para gerar resultados imediatos. “Será uma imersão prática e de alto impacto, com aplicações que empresários poderão implementar já durante a jornada”, afirma.

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Assessoria especializada

Além do AI Tour, o Sebrae/MT mantém outras iniciativas de apoio à transformação digital dos pequenos negócios. Em Cuiabá, a Sala de Inteligência Artificial, instalada na Agência Sebrae Cuiabá, no Goiabeiras Shopping, oferece atendimento especializado, consultorias e acesso a tecnologias aplicáveis ao dia a dia das empresas. A estrutura faz parte da estratégia de inovação do Sebrae, que busca democratizar o acesso às ferramentas digitais e estimular uma cultura de experimentação entre empreendedores.

O Sebrae/MT já capacitou 199 professores e atendeu cerca de 1.600 clientes em ações voltadas ao uso da Inteligência Artificial em diferentes áreas de negócios. Até o momento, foram realizadas 10 palestras sobre IA aplicada ao marketing digital, vendas, atendimento e gestão, que reuniram aproximadamente 1.000 participantes, além de cinco workshops voltados ao aumento de vendas no ambiente digital e à gestão multissetorial, com mais de 100 empreendedores.

A programação segue até novembro, com a oferta de 13 novos workshops multissetoriais que devem envolver cerca de 300 pessoas.

Fenômeno em expansão

Conforme aponta pesquisa do Setor de Inteligência de Dados do Sebrae/MT, 17% dos empreendimentos em Mato Grosso já utilizam alguma solução baseada em IA, principalmente em áreas de impacto rápido e mensurável. O atendimento ao cliente lidera as aplicações, com 85% das empresas usuárias automatizando interações, seguido pela gestão financeira (56%) e pelo marketing com análise de dados (54%). Outras áreas, como controle de qualidade (25%), automação de processos (19%) e desenvolvimento de produtos (15%), também começam a ganhar espaço.

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O estudo também identificou as principais barreiras para a popularização da tecnologia. A falta de conhecimento técnico foi apontada por 67% dos empresários, seguida da resistência à mudança (55%), da ausência de dados para treinar sistemas (52%) e dos altos custos (42%). Essas dificuldades são mais frequentes em setores como logística, recursos humanos e qualidade, que, apesar do alto potencial de ganhos, ainda são pouco explorados.

Outro desafio está na qualificação. Apesar de metade dos empresários se declarar otimista com o futuro da IA, apenas 6% afirmam ter uma estratégia definida para adotá-la, e 26% pretendem investir em treinamentos. Para enfrentar esse cenário, o Sebrae/MT tem ampliado sua oferta de capacitações, consultorias e soluções práticas.

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