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Anvisa amplia a divulgação sobre a prescrição de antibióticos por enfermeiros: docente de enfermagem analisa avanços e desafios

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Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma ampliação na divulgação das diretrizes que permitem a prescrição de medicamentos, incluindo antibióticos, por enfermeiros em estados e municípios brasileiros. Essa decisão marca um importante passo para consolidar a atuação da Enfermagem como uma profissão de extrema importância na atenção à saúde.

Pedro Ibarra, docente de Enfermagem da Faculdade Serra Dourada, da Trivento Educação, falou da relevância dessa mudança: “Como Enfermeiro e professor, a notícia sobre a possibilidade de farmácias privadas venderem antibióticos prescritos por enfermeiros reflete um importante avanço na consolidação da Enfermagem como profissão essencial na atenção à saúde.” Ele enfatiza que a legislação já existente, como a Lei nº 7.498/1986 e a Portaria 2.436/2017, garante o direito dos enfermeiros(as) de prescreverem medicamentos dentro de protocolos estabelecidos. No entanto, Pedro alerta que essa prática ainda é subutilizada, frequentemente devido à falta de conhecimento por parte de gestores e da população.

A ampliação da divulgação não se limita apenas à prescrição. o docente ressalta a importância de uma integração com os órgãos de Vigilância Sanitária e com as farmácias privadas. “É fundamental que, além de fortalecer a divulgação sobre a prescrição de antibióticos por enfermeiros(as), reforcemos a importância de um alinhamento com os órgãos de Vigilância Sanitária e com as farmácias privadas. Essa integração ajudará a consolidar o papel do enfermeiro(a) como prescritor, facilitando o acesso da população aos cuidados primários e aos medicamentos necessários.”

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Nesse cenário, iniciativas educacionais como o Projeto de Extensão sobre o Descarte de Medicamentos, que envolve alunos de Enfermagem e Farmácia da IES, ganham destaque. “Esse projeto desempenha um papel educativo e preventivo. Ele não apenas orienta sobre o uso correto dos medicamentos, mas também combate o desperdício e o descarte inadequado, que podem causar graves impactos ambientais e de saúde pública,” explica Ibarra. Ao promover ações desse tipo, é possível ampliar o alcance da educação em saúde, garantindo que os pacientes utilizem antibióticos de forma consciente e contribuam para a redução da resistência bacteriana, um problema crítico no sistema de saúde atual.

“O reconhecimento do enfermeiro como prescritor não apenas desafoga outros níveis de atenção, como também aproxima o profissional da comunidade, promovendo um cuidado mais integrado, acessível e qualificado,” conclui Ibarra. Ele enfatiza a necessidade de continuar fortalecendo a capacitação dos profissionais de Enfermagem e o engajamento da população para que esses direitos e serviços sejam amplamente reconhecidos e utilizados.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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