MATO GROSSO
Aposentado ajuda a construir casa com dinheiro arrecadado por venda de livros; veja como contribuir
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Há três anos, histórias de pessoas que estão desabrigadas, vivendo em casebres ou nas ruas comoveu Julio Maria de Freitas, de 73 anos. O incômodo provocado pelas imagens exibidas na televisão fez com que o servidor público aposentado, que também é escritor, se movimentasse para buscar ajuda. Em 2021, ele começou a escrever o livro “Sublime Perdão”, que tem as vendas revertidas para ajudar a construir casas para famílias em situação de vulnerabilidade.
Na semana passada, a primeira casa, construída com os recursos do livro, foi entregue para a família da Edneide Ribeiro de Souza, que perdeu o imóvel onde morava com a família no bairro Pedra 90, na Capital, durante uma forte chuva em setembro deste ano.
Em um vídeo da noite do alagamento, a mulher registrou o desespero de ver a casa perdida. Com o livro publicado, Julio, que é formado em Saneamento Básico pela UFMT e servidor aposentado da extinta Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso (Sanemat), recebeu um pedido de ajuda de Erivaldo, que contou sobre a situação da família de Edneide.
“Falei que conseguiria ajudar vendendo o livro e assim foi feito. Saímos divulgando pelas redes sociais, procuramos todas as maneiras de divulgar o livro e o objetivo dele para as pessoas. O Juliano [filho de Julio] colocou nas lives que ele faz pelo Youtube. Começamos a vender, mas vender livro no Brasil não é fácil”.
Mesmo com as dificuldades, das mil cópias impressas, restaram 450 que ainda precisam ser vendidas, sendo que 200 foram doadas por Julio para uma casa espírita, que venderá os livros e usará o dinheiro para custear reformas no local.
“Conseguimos entrega de uma casa e se conseguirmos vender tudo poderemos fazer mais duas casinhas. Depois é tentar buscar outras parcerias, de repente para uma nova impressão. Quero muito que o projeto tenha continuidade e que a coisa evolua”.
Antes dos caminhos de Erivaldo se cruzarem com o de Julio, o pedreiro já construía casas para famílias em situação de vulnerabilidade nas periferias de Cuiabá. Erivaldo faz doações de cestas básicas e, através da ação, conhece as pessoas que estão precisando de um teto para viver.
Julio conta ao Olhar Direto que os dois sonham em criar uma associação para atuar no projeto de construção das casas. A primeira construída tem 40 m² e, agora, vai abrigar a família de Edneide.
“Para juntarmos recursos, dinheiro para material de construção, materiais que ainda estão em condições de uso e possam ser doados. Para podermos construir o maior número possível de casas. Hoje tenho 450 livros para vender. O que vendemos até agora não cobre nem os custos que tive para publicar, porque realmente a primeira edição é cara”.
OLHAR DIRETO


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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