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“Aprendi muito sobre os meus direitos”, afirma moradora de comunidade rural que recebeu a Expedição MT por Elas

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“Aprendi muito sobre os meus direitos. Muita coisa eu não sabia, como os tipos de violência que existem e que para muitas de nós passam despercebidos”, afirmou Rosimeire Ribeiro da Silva, moradora do Distrito Vila Aparecida, em Cáceres (a 265 km de Cuiabá), sobre os atendimentos da Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas, idealizada pela primeira-dama Virginia Mendes.

“Saio daqui melhor do que antes, com outra visão sobre os meus direitos. Agora que tenho esse conhecimento vou levar para o meu dia a dia, principalmente na criação dos meus filhos, e vou repassar para o meu esposo e meus familiares”, completou Rosimeire.

A comunidade rural foi a primeira a receber os atendimentos itinerantes da van do SER Família Mulher, que é gerido pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), por meio da Superintendência de Políticas Públicas para as Mulheres.

A van percorrerá as 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP), onde serão oferecidas capacitações às equipes da rede socioassistencial.

A assistente social da Setasc, Fátima Prado, que esteve à frente da roda de conversa realizada com as mulheres do Distrito de Vila Aparecida, contou que os atendimentos da van do SER Família Mulher retomam o trabalho que a Setasc realizava anteriormente com o Ônibus Lilás.

“É muito gratificante retornar com esses atendimentos e é mais significativo por ser em uma comunidade rural. Realizamos uma roda de conversa com elas, explicando os seis tipos de violências que são a física, a moral, a patrimonial, a psicológica, a sexual e a virtual, além dos seus direitos como mulheres. Fico muito feliz que muitas mulheres compareceram e tenho certeza que elas saem daqui mais empoderadas”, contou.

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Fátima ainda reforça que os atendimentos da van estão apenas começando e que passará por outras cidades e comunidades rurais de Mato Grosso.

“Queremos chegar em todos lugares possíveis, seja na zona urbana, rural ou terra indígena. O importante é não deixar nossas mulheres sem conhecer os seus direitos e desamparadas. Esta é a primeira viagem de atendimentos da van do SER Família Mulher e pode ter certeza que ela fará a diferença para muitas mulheres do nosso estado”, concluiu.

De acordo com a defensora pública, Tânia Regina Matos, a Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas com os atendimentos da van itinerante é de suma importância na prevenção e combate à violência contra as mulheres, principalmente para aquelas que vivem na zona rural.

“Ouvir as mulheres é um ato de amor e o que a Setasc está fazendo com o Programa SER Família Mulher, vai ampliar o entendimento dessas mulheres sobre o que é violência doméstica, porque muitas vezes elas entendem que a violência doméstica se resume a uma lesão física. Ainda mais com as mulheres do campo, que pela distância acabam sendo menos assistidas”, disse Tânia.

Ela ressalta que normalmente, a maior violência vivida pelas mulheres é a psicológica.

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“Ela sempre vai começar pela violência moral, pelo xingamento, pela agressão através da palavra e aí, essa violência vai ascendendo e ficando cada vez mais intensa. Vejo com muito bons olhos o SER Família Mulher com essa atividade de ouvir as mulheres, trazendo informações a elas e isso é muito importante. Com certeza, após a visita da van, a vida de muitas delas irá mudar”, afirmou a defensora pública.

Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas

A Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas foi realizada nos dias 28 e 29 de maio, em Cáceres. O objetivo da ação é fortalecer as políticas públicas e o combate à violência contra as mulheres nos municípios do Estado.

A grande ação Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas será realizada nas 15 regiões Integradas da Segurança Pública (RISP), tendo um município como sede em cada região, assim, percorrendo 15 municípios, com participação dos demais que integram a região.

As capacitações ofertadas para as equipes da rede socioassistencial, do município sede, durante a expedição, terão a participação das equipes socioassistenciais dos municípios que abrangem a RISP.

A Expedição conta com o apoio e parcerias das Prefeituras Municipais, Associação Mato-grossense dos Municípios, Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), Polícia Militar (PM MT), Corpo de Bombeiros Militar Tribunal de Justiça de MT (TJMT), Ministério Público de MT (MPMT), Defensoria Pública do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e outras entidades.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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