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Aulas de robótica desenvolvem habilidades socioemocionais nas escolas estaduais

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As aulas de robótica educacional nas escolas da rede estadual de ensino de Mato Grosso contribuem com o desenvolvimento de habilidades comportamentais, além de aplicarem conceitos tecnológicos e lógica de programação. Inclusive, na Escola Estadual Padre Firmo Pinto Duarte, em Cuiabá, a robótica educacional foi inserida na programação da Semana de Saúde Mental, realizada neste mês de março.

Professor de robótica na escola, Maikon Brian Gomes afirmou que os estudantes são incentivados a colaborar, resolver problemas em equipe, comunicar ideias e, muitas vezes, a exercitar a paciência. “Estas atividades conjuntas, na busca de soluções para os desafios propostos nos cadernos de atividades, estimulam o relacionamento interpessoal e a autoconfiança, pois os estudantes percebem que podem e são capazes de realizar os projetos”, disse.

Na unidade, as aulas com uso da robótica promovem a interação e contribuem com a redução do estresse no ambiente escolar.

“Quando começamos a trabalhar a temática Saúde Mental nas aulas de robótica, tivemos a certeza de que estávamos no caminho certo”, comentou a orientadora pedagógica Mayara Gonsales.

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Ela comentou que nessas aulas os estudantes são estimulados ao trabalho em equipe, favorecendo habilidades organizacionais, socioemocionais, cognitivas, comportamentais e de comunicação. “Isso os instigam a buscar soluções e, na prática, aplicarem o conhecimento, desenvolvendo o raciocínio logico e o pensamento crítico”.

Na rede estadual de ensino, o Governo de Mato Grosso já investiu cerca de R$ 60 milhões em robótica educacional e a meta é dobrar o número de escolas atendidas em 2024, passando de 102 para 204 unidades.

Na opinião do secretário de Estado de Educação, Alan Porto, esse investimento estabeleceu uma nova dinâmica nas disciplinas voltadas à tecnologia. “Quando implantamos a robótica educacional numa escola, tornamos as aulas de matemática e física mais interessantes. Como as atividades são muito divertidas, também proporcionamos maior interação entre professores e estudantes”, concluiu.

A robótica educacional faz parte da política Tecnologia no Ambiente Escolar, uma das 30 políticas que compõem o Plano EducAção 10 Anos, que objetiva colocar a rede estadual de ensino entre as cinco redes públicas mais bem avaliadas no país até 2032.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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