MATO GROSSO
Bombeiros abrem processo seletivo para contratação de brigadistas que vão reforçar combate aos incêndios florestais
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O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) publicou, nesta sexta-feira (19.07), o edital do processo seletivo para a contratação de 150 brigadistas florestais temporários para reforçar as ações de combate aos incêndios florestais no Estado. As inscrições se iniciam na segunda-feira (22.07) e são gratuitas.
A remuneração bruta mensal será de R$ 2,4 mil. A jornada de trabalho será de 44 horas semanais, no regime de plantão de 12 horas, seguido de 36 horas de descanso. O contrato será de três meses, podendo ser prorrogado por igual período.
De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel BM Flávio Glêdson Vieira Bezerra, a contratação de brigadistas é mais uma medida do Governo do Estado para prevenção e combate aos incêndios florestais nesse período de seca extrema, a exemplo da contratação de aeronaves para combate direto às chamas e construção de aceiros para evitar a propagação do fogo
“A contratação é importante, porque o aumento no efetivo em campo reforça operacionalmente a atividade dos militares, auxiliando-os em algumas funções acessórias durante o combate ao fogo, como manutenção de equipamentos ou, até mesmo, condução de viaturas. Assim, conseguimos usar nossa tropa para ações mais complexas e estratégicas, um combate mais especializado”, explicou.
O reforço operacional com a contratação de brigadistas é mais uma medida do Governo do Estado para prevenção e combate aos incêndios florestais nesse período de seca extrema, a exemplo da contratação de aeronaves para combate direto às chamas e construção de aceiros para evitar a propagação do fogo.
A seleção para o cargo de brigadista se dará através de análise curricular, de caráter eliminatório e classificatório. Além disso, serão realizados testes específicos, como Teste de Aptidão Física e Teste de Habilidades na Utilização de Ferramentas Agrícolas, ambos também de caráter eliminatório e classificatório.
Os brigadistas serão destinados para atender os municípios de Cuiabá, Poconé, Santo Antônio de Leverger, Várzea Grande, Rondonópolis, Alto Paraguai, Feliz Natal, Nova Maringá, Nova Ubiratã, União do Sul, Barra do Garças, Água Boa, Cáceres, Mirassol D’Oeste, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade, Aripuanã, Colniza, Juara, Juína, Nova Bandeiras e Guarantã do Norte.
“Os brigadistas vêm nesse reforço operacional para que possamos não só aumentar o número de pessoas dedicadas ao combate ao fogo, mas também por uma questão de melhor aproveitamento técnico dos nossos bombeiros militares”, reforçou o diretor-adjunto da Diretoria de Gestão de Pessoas, tenente-coronel BM Danilo Cavalcante Coelho.
As inscrições para o processo seletivo são gratuitas e podem ser feitas até o dia 26 de julho, presencialmente, nas unidades do CBMMT e demais órgãos conforme relação no edital.
Já o resultado final do processo seletivo e a convocação para assinatura dos contratos será em 15 de agosto.
O edital completo pode ser acessado na segunda edição extra do Diário Oficial desta sexta-feira, clicando aqui.
Fonte: Governo MT – MT
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.