MATO GROSSO
Campo Experimental da Empaer é referência para agricultores e estudantes da região Noroeste
MATO GROSSO
Com 50 hectares de área e mais de 30 anos de funcionamento, o Campo Experimental de Juína (a 735 km de Cuiabá) da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) é referência para agricultores, estudantes, universitários, pesquisadores e moradores da região. Com uma variedade de cultura plantada, entre elas a castanha do Brasil, cacau, seringueiras, café, banana, pitaya, mandioca, pequi, cana de açúcar, entre outros, o espaço conta com a parceria da Prefeitura Municipal e instituições de ensino da cidade, em várias ações.
Entre elas, a visita guiada junto aos alunos e acadêmicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), sendo três já realizadas este ano e mais três para até dezembro. São estudantes dos cursos técnicos de Meio Ambiente e Agropecuária e universitários do curso de Biologia.
Em fevereiro, com o retorno das atividades presenciais, o professor Luciano Lanssanova da disciplina de Silvicultura, abordou sobre o plantio, manejo e colheita da castanha, cacau e da seringueira. Na ocasião, os alunos aprenderam na prática as técnicas de clonagem de espécies arbóreas.
Para o coordenador do curso técnico de Meio Ambiente, o geógrafo Josemir Paiva Rocha, o Campo Experimental é um espaço fantástico e serve como laboratório ao ar livre. Ele destaca que agrega as suas aulas até conteúdos relacionados à climatologia na Estação de Coleta de Dados Climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia ( INMET), instalada na área da Empaer.
“Somos gratos pela parceria e oportunizar aos alunos a teoria e prática ao mesmo tempo. O campo experimental é um laboratório a céu aberto. A variedade de cultura e o zelo com as plantações torna o espaço um local único na região noroeste do Estado”. As visitas ocorrem com grupo de 40 alunos entre 14 a 18 anos dos cursos técnico e universitários de várias faixas etárias.
Foto: Arquivo
Sob a coordenação do Escritório Regional, o Campo Experimental é administrado pelo técnico da Empaer Aluizio de Oliveira Gos, há 17 anos. Organizado, ele destaca que durante as visitas tenta de forma simples e objetiva explicar sobre cada cultura. Exemplo da sangria das seringueiras que ele próprio faz a retirada do látex da borracha e pontua todos os processos.
Destaque sobre as cinco variedades de castanha do Brasil hoje com 30 anos e há 12 anos produzindo anualmente. Aluízio explica que além das castanheiras tradicionais há 58 pés enxertadas, resultado de um melhoramento genético com foco no aumento da produtividade e da qualidade das castanhas. “Ao longo dos anos venho acompanhando e anotando toda evolução das castanheiras que produzem todo ano”.
Segundo o chefe do Campo Experimental, destaque também para o Jardim clonal de café que já foi tema de vários dias de campo. São clones desenvolvidos, por exemplo, do Café Coffea Canephora e a cultivar BRS Ouro Preto, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além de outras variedades.
No espaço há ainda 512 pés de cacau com dois plantios, sendo um mais antigo e outro mais novo. De vários clones, são 1.132 seringueiras. Dentre as parcerias, foram plantados 200 pés de banana da terra junto a Prefeitura Municipal, com três variedades de clones, além de sete clones de banana maçã. O mesmo trabalho em conjunto ocorreu com algumas variedades de café e cacau.
O pequi há 13 pés sem espinhas, 30 pés de pitaya de três variedades: vermelha, branca e amarela, com mudas vindas do Campo Experimental de Tangará da Serra. Na produção de mudas, destaque para as cultivares: BRS capiaçu e BRS Kurumi, além da cana de açúcar sem pendão – doados a produtores de toda região para produção de silagem. Tem ainda os pés de mandiocas e outros tipos de frutas cítricas com variedades de limão.
O coordenador regional da Empaer, José Aparecido dos Santos, pontuou que o Campo Experimental é referência na cidade e região. “Já realizamos encontro técnicos e dias de campo sobre várias culturas. Todos com participação de produtores que tiveram a oportunidade de conhecer a importância da preservação das matas ciliares para a manutenção dos recursos hídricos e o uso racional da água”.
José Aparecido frisa ainda que sobre a cultura do café, os produtores aprendem sobre os aspectos básicos da irrigação, a implantação da lavoura, análise de solo, o preparo da área e os cuidados a serem tomados no plantio.
“Estamos voltando aos poucos à normalidade e vamos dar sequência às visitas e dias de campo. Estamos à disposição para intermediar mais esse serviço que oferecemos à sociedade enquanto empresa pública do Estado”.
Contato no Escritório Regional de Juína é o (66) 3566-1708, localizado na Avenida Deputado Hitler Sansão, 257, no Módulo 01.
O coordenaador do Escritório Regional, José Aparecido e o técnico Aluizio de Oliveira Foto: Empaer


MATO GROSSO
“Exames simples de raio-X podem ajudar no diagnóstico de câncer ósseo em crianças e adolescentes”, orienta especialista

Julho é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer e à importância do diagnóstico precoce. Dentro da campanha Julho Amarelo, o médico ortopedista e cirurgião de coluna, Dr. Fábio Mendonça chama atenção para o câncer ósseo, um tipo raro da doença, mas que acomete com maior frequência crianças e adolescentes, especialmente durante o período de crescimento.
A campanha tem como objetivo ampliar o acesso à informação e incentivar a busca por cuidados médicos diante de sintomas suspeitos. No caso do câncer ósseo, apesar da baixa incidência, o desconhecimento e o atraso no diagnóstico podem agravar o quadro.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia, o câncer ósseo representa cerca de 2% de todos os casos de câncer no Brasil, com uma média de 2.700 novos casos por ano.
“Apesar de não ser tão comum, o tumor ósseo merece atenção especial porque costuma surgir em fases iniciais da vida, principalmente durante o crescimento, quando há maior atividade celular nos ossos”, explica o Dr. Fábio Mendonça.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 12.500 novos casos de câncer infantojuvenil (0-19 anos) por ano, com taxa de sobrevida média global de 64%, variando entre 75% no Sul e 50% no Norte do país.
Entre os tipos mais comuns estão o osteossarcoma, que atinge os ossos diretamente, e o condrossarcoma, que se desenvolve nas cartilagens. Os principais sinais da doença envolvem dor persistente, principalmente à noite ou durante a madrugada, além de inchaço, vermelhidão e aumento de volume em determinadas regiões do corpo.
“O principal sintoma é a dor contínua, geralmente noturna. Não é comum que crianças reclamem de dor ao dormir, esse deve ser um sinal de alerta para os pais. É importante procurar um médico e fazer uma avaliação”, orienta o especialista.
O diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento. “Quando identificada logo no início, a doença pode ser tratada com boas chances de cura, além de evitar sequelas funcionais. Exames simples de raio X podem auxiliar no diagnóstico. Quando tem essa suspeita do exame físico, aliados a radiografia, costumamos pedir outros exames que antecedem a biopsia”.
“O papel da família é essencial. Ouvir as queixas das crianças, observar mudanças no corpo e não minimizar dores persistentes pode fazer toda a diferença. Estamos falando de uma doença que tem cura, desde que seja detectada a tempo”, finalizou Fábio Mendonça.
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