Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Cardiopatia de Virginia afeta uma a cada 800 pessoas e é mais comum em mulheres

Publicados

MATO GROSSO

O cardiologista Juliano Slhessarenko alerta que, muitas vezes, casos de comunicação interatrial, quando os átrios direito e esquerdo do coração se conectam através de uma “abertura” na parede do coração, passam desapercebidos pelas pessoas e muitos vivem normalmente sem saber do diagnóstico que pode acarretar em insuficiência cardíaca. 

“Afeta um em cada 800 nascidos, em média. Atingindo mais mulheres. É uma comunicação entre os átrios do coração que não deveria existir. Ela nasce com isso, no início não tem sintomas, evolui lentamente, ao longo do tempo a pessoa pode sentir cansaço, palpitação, arritmia cardíaca e sopro”.

É o caso da primeira-dama Virginia Mendes, que descobriu o diagnóstico de comunicação interatrial apenas na fase adulta, durante um exame de rotina nessa terça-feira (7), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). Com a confirmação da cardiopatia congênita, Virginia precisará passar por um procedimento para correção. 

Ao Olhar Direto, Slhessarenko explica que, apesar da cardiopatia congênita permanecer “silenciosa”, manifestando sintomas apenas na fase adulta, por exemplo, a má formação acontece ainda durante a gestação, na fase embrionária. Por conta disso, é de extrema importância a realização de check ups cardiológicos. 

Leia Também:  CGE designa auditores para análise das contas de governo de 2021

“Pode ser detectado antes, mas o que acontece é que, as vezes, a pessoa não foi no cardiologista ou não foi feita um ultrassom do coração antes. Mas, com certeza o ‘buraquinho’ já estava lá. Pode ter manifestado sintomas só agora ou o médico viu só agora, mas já estava lá”. 

Juliano atua como cardiologista intervencionista e tem experiência no procedimento de fechamento da abertura que une os átrios do coração. Ele explicou que a intervenção é simples e requer repouso de, geralmente, dois dias. Depois da recuperação, o paciente terá vida normal. 

“Feita uma intervenção, faz o fechamento desse orifício através de uma prótese. Bloqueando a passagem entre os atrios e a passagem de sangue para os dois lados do coração, evitando que eles se misturem. É como se fosse um cateterismo, feito com o paciente sedado. É relativamente simples hoje em dia, porque temos vários materiais que facilitam”. 

Check up antes de gravidez ou matrícula em academias 

O cardiologista destaca a necessidade de check up, com ultrassom do coração, para mulheres que desejam engravidar ou qualquer pessoa que pretendem começar a praticar exercícios físicos. No primeiro caso, Slhessarenko explica que a gestação em mulheres com comunicação interatrial pode sobrecarregar ainda mais o coração. 

Leia Também:  Livraria Janina fecha as portas de unidade no Pantanal Shopping

OLHAR CONCEITO

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  Profissionais de saúde participam de curso para aprimoramento do processo de doação de órgãos

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  CGE designa auditores para análise das contas de governo de 2021

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA