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Coronel Mendes revela que candidatos foram coagidos por faccionados durante as eleições

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Nos últimos dias, o futuro prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL) trouxe à tona uma denúncia sobre a possível interferência do Comando Vermelho nas eleições da cidade, envolvendo supostas pressões exercidas sobre eleitores e candidatos para a escolha de vereadores.

O relato sugere que a facção criminosa estaria buscando influenciar as escolhas políticas de comunidades em Cuiabá.

Em resposta às alegações, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM Alexandre Corrêa Mendes, confirmou a situação e disse que nas eleições municipais de Cuiabá e Várzea Grande, a PM recebeu denúncias de candidatos impedidos de entrarem em determinados bairros, onde faccionados estavam atuando.

“Nós tivemos problemas pontuais, sérios, onde candidatos tentaram, por exemplo, fazer reuniões políticas partidárias em determinados bairros. E esses candidatos foram ameaçados para não entrar nesses bairros em Cuiabá e Várzea Grande”, explicou o coronel, evidenciando o controle que algumas facções exercem em determinadas áreas da cidade.

Para esses casos, a Polícia Militar tem atuado de forma a proteger os candidatos e assegurar que possam cumprir suas agendas de campanha com segurança, mas a influência crescente das facções ainda se mantém como um desafio constante para as forças de segurança.

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Mendes destacou a necessidade de uma investigação minuciosa, embora essa competência normalmente seja da Polícia Civil.

“Olha, não conheço as denúncias do prefeito eleito Abílio, não a conheço, só comunicações através do meio de comunicação”, afirmou o coronel.

Ele destacou ainda que, por ser uma denúncia de natureza grave e de interesse público, merece atenção especial das autoridades competentes.

O coronel frisou a importância de esclarecer a veracidade das alegações, que apontam para uma possível infiltração de interesses criminosos na política local.

“Uma pessoa que vai representar o município de Cuiabá e foi escolhida pelo povo cuiabano… É uma denúncia que tem que ser apurada, uma denúncia grave, envolve ali um parlamento municipal onde tem pessoas que foram eleitas com certeza ali dentro dos princípios legais. Agora, se tiver alguém ali realmente, tem que ser identificado, tem que ser inclusive investigado”, concluiu Mendes.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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