MATO GROSSO
Cridac e Centro Estadual de Odontologia já prestaram mais de 120 mil atendimentos a pessoas com deficiência neste ano
MATO GROSSO
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, aproveita o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que é celebrado nesta quinta-feira (21.09), para destacar a importância das unidades para a saúde da população.
“Por meio das unidades especializadas, como o Cridac e o Ceope, a SES demonstra que está próxima e atenta às demandas das pessoas com deficiência. Ofertamos um atendimento especializado e humanizado, em estruturas adequadas, e também investimos na modernização de todas as unidades de saúde do Estado”, disse Gilberto.
Já o secretário adjunto das Unidades Especializadas da SES, Luiz Antônio Ferreira, destacou a atuação positiva das duas unidades.
“O Ceope e Cridac são fundamentais para saúde pública do Estado. Nesses espaços os pacientes com deficiência são tratados com dignidade por profissionais especialistas e altamente capacitados. A atual gestão não investe só na qualidade do atendimento como também num ambiente adaptado e moderno”, afirmou.

De janeiro a junho de 2023, o Cridac realizou 101.690 atendimentos, consultas e entregas de órteses, próteses e meios auxiliares, como cadeiras de rodas e aparelhos auditivos. A unidade realiza cerca de 5.700 atendimentos de reabilitação por mês a pessoas com deficiência física, auditiva e intelectual, além de coordenar a rede de cuidado à pessoa com deficiência em Mato Grosso.
Conforme a diretora do Cridac, Suely Souza Pinto, o local realiza atendimentos de pacientes encaminhados via Sistema Estadual de Regulação (SISREG). “Trabalhamos para ofertar toda assistência necessária aos pacientes. Contamos com o apoio da gestão e dos servidores dessa unidade que não medem esforços no atendimento ágil e eficiente aos usuários do SUS”, ressaltou.
Já o Ceope realizou 18.072 procedimentos odontológicos entre janeiro e agosto de 2023. O local atua no Estado como referência no atendimento odontológico de pessoas com deficiência e também no diagnóstico precoce do câncer de cabeça, pescoço e boca da população em geral.

O atendimento para pessoas com deficiência na unidade é disponibilizado somente para pacientes encaminhados via SISREG. Já a população em geral que precisa de exames de diagnóstico de câncer de cabeça, pescoço e boca pode procurar o local sem necessidade de regulação. A unidade funciona como porta aberta exclusivamente para este serviço.
Entre as especialidades ofertadas para pacientes com deficiência no Ceope estão endodontia, periodontia, cirurgia oral menor, dentística, prótese (total e/ou parcial removível) e odontotopediatria. Os profissionais do Ceope também prestam serviços para pacientes em home care e para os que precisam de anestesia geral.
A diretora do Ceope, Martha Maria Aquilino, conta que os profissionais da unidade utilizam em média 2 horas do tempo para o atendimento de alguns pacientes que precisam ser tratados de forma diferenciada, com paciência e ao lado de seus pais ou responsáveis.
“Os tratamentos ofertados são de acordo com a necessidade de cada paciente que já tem suas particularidades devido a alguma deficiência, seja física ou intelectual. Nossos profissionais atuam de forma acolhedora, gentil, respeitosa e amorosa com cada um”, enfatizou Martha.

Desde 2020, o Ceope atende em uma sede totalmente modernizada. Localizada em uma região estratégica de Cuiabá, no bairro Bosque da Saúde, a nova estrutura é acessível aos pacientes. A SES investiu R$ 160 mil na reforma do prédio. Antes, a unidade atendia em um espaço cedido pelo Hospital do Câncer, na Avenida do CPA.
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MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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