MATO GROSSO
Empaer e parceiros consolidam projeto para produção de alimentos orgânicos
MATO GROSSO
Com a missão de ser um marco na região norte do Estado, o projeto “Sinop Orgânico”, iniciado em julho deste ano, pretende mudar a realidade de 50 pequenos produtores do município oriundos de assentamentos, propriedades periurbanas, famílias carentes da zona rural, entidades filantrópicas, instituições, associações e comunidades. Atualmente, Sinop importa 85% dos alimentos básicos de outros estados, devido à falta de oferta, em especial os alimentos orgânicos
A proposta é promover o desenvolvimento sustentável entre produtores rurais familiares, entidades e instituições, por meio da prestação de assistência técnica e extensão continuada em agroecologia e produção orgânica. O trabalho vai garantir a certificação orgânica, o incremento da renda e a melhoria na qualidade de vida das famílias beneficiadas pela iniciativa.
O projeto será executado pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistências e Extensão Rural), em parceria com a Prefeitura Municipal, Embrapa, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Tecnologia de Sinop (Fastech), Associação AECAZ e Câmara Municipal.
Demanda – Segundo o coordenador do projeto, engenheiro agrônomo Rogério Leschewitz, o “Sinop Orgânico” surgiu a partir da demanda dos próprios agricultores e tem como proposta a produção rural sustentável, a partir de alimentos saudáveis e nutritivos para a população.
Ele enfatiza que o “Sinop Orgânico” funciona como um projeto guarda-chuva, servindo de base para novos projetos e políticas públicas com este viés. “O projeto conta com vários parceiros e vai ampliar o campo das atividades realizadas. A proposta é proporcionar, às unidades produtivas, independência técnica e produtiva, por meio da redução de custos de produção e menos dependência de insumos externos”, destaca.
A diretora geral da Fastech, Lauren Menegon, explica que a faculdade apoia o projeto “Sinop Orgânico”, por acreditar que o desenvolvimento rural sustentável contribui para a promoção da qualidade de vida das famílias beneficiadas, por gerar renda aos envolvidos. “Compartilhar, com a comunidade, o conhecimento gerado dentro da academia e inserir nossos alunos em projetos nos quais eles se colocam diante de situações reais, que possam aplicar na prática toda a teoria aprendida em sala de aula, vem ao encontro dos objetivos da Fastech”.
Para João Santos, gerente de Agricultura da Secretária de Desenvolvimento Econômico de Sinop, a parceria é muito importante para o sucesso da iniciativa. “Reconhecemos a importância de sistemas produtivos sustentáveis, economicamente viáveis e socialmente justos, para que o agricultor continue a colocar alimento na mesa dos sinopenses e garantir sua renda financeira com dignidade e respeito à saúde coletiva e do ambiente no qual está inserido”, pontua.
Foto: Empaer-MT
Atuando na Comunidade Gleba Mercedes e militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Silvio Roberto da Silva ressalta a importância do projeto. “Produzir alimento saudável, orgânico e de qualidade, com certeza agrega valor e abre mercado. A comunidade está contente em participar, ao lado de tantos parceiros importantes e fundamentais, de um processo que irá beneficiar muitas famílias”.
Para a coordenadora do escritório regional da Empaer em Sinop, Rafaela Akiyama, o projeto “Sinop Orgânico” visa garantir maior qualidade alimentar e redução dos impactos ambientais, além de contribuir para a geração de renda às famílias agricultoras. “Este modelo de produção tem se fortalecido e atraído novos consumidores. O projeto abre novos horizontes. Nosso anseio é, futuramente, expandi-lo para outros municípios”.
Sobre o “Sinop Orgânico” – O projeto será executado pela Empaer e coordenado pelo engenheiro agrônomo Rogério Leschewitz, especialista em agricultura orgânica. O público alvo é formado pelos produtores de Sinop, oriundos de assentamentos, propriedades periurbanas, famílias carentes da zona rural, entidades filantrópicas, instituições, associações e comunidades, num total de 50 unidades produtivas.
Iniciado em julho de 2022, o “Sinop Orgânico será desenvolvido até julho de 2025. Nas metodologias de trabalho, estão visitas e reuniões técnicas com produtores, reuniões com lideranças, capacitações com palestras técnicas e demonstrações de métodos, feiras, excursões e dias de campo. Serão trabalhados aspectos ambientais, sociais e produtivos nas propriedades, além de auxiliar na comercialização e industrialização da produção local.
Orçado em R$ 1,19 milhão, será custeado pela Empaer, por meio de emenda parlamentar e recursos próprios, com contrapartida de R$ 325 mil dos produtores. Está em fase de aquisição de equipamentos e insumos.
Termo de Cooperação – Foi assinada uma carta de intenções entre a Faculdade de Tecnologia de Sinop (Fastech) e Empaer, para a elaboração de um termo de cooperação técnica entre as instituições. Os próximos passos serão a inscrição e seleção dos interessados, além de questionário de diagnóstico nas unidades produtivas, com a participação de todos os parceiros.
Foto: Empaer-MT
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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