MATO GROSSO
Ex-prefeito e “celebridade da pesca” detonam deputado de MT
MATO GROSSO
O ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, aproveitou um momento de pescaria na Argentina ao lado do pescador esportivo e guia de pesca, Johnny Hoffmann, para mandar um recado ao deputado estadual Wilson Santos (PSDB) para recuar do projeto que libera a pesca profissional no Rio Manso. Ambos disseram que o tucano está brigando para que seja feita a “matança” do Dourado, uma das espécies protegidas por lei no Estado e que atrai pescadores esportivos de várias partes do mundo.
Em um dos vídeos, ambos aparecem soltando um exemplar da espécie que afirmam ser um “Dourado-monstro”, de uns 15 quilos. Rossato aproveita para dizer é a primeira vez que fisga peixes tão grande da espécie, mas em águas Argentinas, pois no Brasil ele nunca conseguiu tal façanha.
Ambos comentam que os brasileiros são a maioria dos turistas presentes na localidade argentina onde estão pescando. Citam, inclusive, que seriam cerca de 40 lanchas, a maioria levando brasileiros.
Tais comentários buscam reforçar a tese de que a pesca esportiva gera dinheiro para diversos setores. Por este motivo, segundo eles, no Rio Manso, não deveria ser autorizada a pesca profissional, modalidade onde os peixes serão mortos para serem comercializados.
“Existe uma lei no Mato Grosso que proíbe a matança do Dourado porque ele é importante vivo para a pesca esportiva, pois gera emprego e renda. Ganha dinheiro o pessoal que trabalha na pousada, ganha dinheiro cara que pega isca pra vender, ganha dinheiro a loja existe uma roda que ganha dinheiro”, comenta Johnny Hoffmann, que é bastante conhecido e influente nas mídias especializadas sobre pescaria esportiva no Brasil e no mundo. Ele, além de um site que leva o seu nome, também apresenta programas de TV e escreve em periódicos especializados sobre pesca.
Dilceu Rossato concorda com o amigo. A dupla relata que foi criado no Rio Manso o primeiro sítio pesqueiro, que é pequeno e frágil, sem condições de aguentar a “pressão” de pesca profissional. “E o deputado Wilson Santos quer derrubar esse sítio pesqueiro e quer fazer o pessoal fazer matança lá, que pode levar a pesca comercial no rio que é pequenininho. O Estado de Mato Grosso agora que tem a chance de pelo menos um rio fazer o teste para provar a que a pesca esportiva gera essa renda – e o ribeirinho não é proibido de comer peixe, ele pode comer para subsistência e pode trabalhar com o turismo -, mas o Wilson Santos mandou para o governador para ele tirar essa lei. E a gente faz um apelo ao governador que não faça esse retrocesso”, argumenta o especialista em pesca.
Em seguida, o ex-prefeito de Sorriso também expõe sua insatisfação com a atuação do parlamentar tucano, um dos mais empenhados na Assembleia Legislativa para aprovação do projeto. “Além disso, ele que faça em todo o Estado de Mato Grosso o que é feito no Manso hoje. Wilson Santos, governador, vamos fazer cada um a sua parte. Estamos fazendo a nossa ”, diz Rossato.
Johnny Hoffmann finaliza os vídeos afirmando que não se pode pensar somente em voto, mas no bem comum de todas as pessoas porque, segundo ele, o peixe está acabando. “É o crime o que estão fazendo com o Rio Manso. Atenção governador do Mato Grosso, o senhor tem que parar, travar o que foi feito com o sítio pesqueiro do Rio Manso, querem abrir lá para matança de Dourado, não deixe isso acontecer, faça a coisa certa, o peixe vivo vale muito mais. E o senhor Wilson Santos coloque a mão na consciência por favor e pense no povo e não só em eleição”, relata.
PROJETO APROVADO
Na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei 646/2021, que altera dispositivos na Lei Estadual nº 11.486 de 2021, que proíbe a extração de recursos pesqueiros na região da barragem do Manso, foi aprovado no dia 15 de dezembro do ano passado. Durante a tramitação do polêmico projeto, Wilson Santos defendeu o direito dos pescadores trabalharem afirmando não ser contrário a um novo planejamento da pesca.
Contudo, enfatizou que era preciso ouvir todos os atores envolvidos. Com a aprovação, ficou autorizada a pesca profissional na região do Rio Manso e Rio Cuiabazinho e o projeto ainda aguarda sanção ou veto do governador.
O tucano comemorou a aprovação do projeto de autoria de lideranças partidárias. Segundo ele, foi uma “vitória” para mais de 300 famílias que moram na região há vários anos e depende da pesca para sobreviver e gerar renda.
FONTE/ REPOST: WELINGTON SABINO – FOLHA MAX


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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