Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

EXERCÍCIO ILEGAL: Polícia flagra optometrista fazendo exame de vista em Cuiabá

Publicados

MATO GROSSO

Uma ótica, localizada no bairro Carumbé na Capital, foi alvo de uma ação de fiscalização conjunta deflagrada na noite de segunda-feira (29.03), pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), Procon Estadual, Vigilância Sanitária de Cuiabá e Conselho Regional de Medicina (CRM-MT).

A operação integrada tinha o objetivo de apurar verificar possível prática de exames de vista realizado por profissional optometrista, prática considerada ilegal. A ação conjunta ocorreu no período noturno porque era o horário que o optometrista atendia no local.

A diligência teve início depois que policiais civis da Delegacia do Consumidor viram faixas anunciando “exame de vista” nas proximidades de uma ótica, sendo constatado que um optometrista estava realizando exames no local.

No local, o fiscal do CRM constatou que o optometrista estava utilizando dois aparelhos que são privativos de uso por médico oftalmologista, o que pode caracterizar exercício ilegal da medicina, e os fiscais da Vigilância Sanitária notificaram a ótica, que não possui os alvarás sanitário, de localização e de funcionamento.

O delegado da Decon, Rogério Ferreira, explicou que em junho de 2020, o Supremo Tribunal Federal julgou a ADPF de nº 131 e considerou os Decretos de nº 20.931/1932 e 24.492/1932, que impedem os profissionais optometristas de instalarem óticas e de prescreverem lentes de grau, válidos, limitando a atuação desses profissionais.

Leia Também:  Governador vistoria obras do socioeducativo e assina convênios em Barra do Garças

Contudo, em 08 de outubro de 2021, o Min. Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, proferiu decisão excluindo os optometristas com nível superior das restrições impostas pelos Decretos de nº 20.931/1932 e 24.492/1932. Com isso, optometristas com nível superior podem realizar consultas e prescreverem lentes de grau.

No entanto, mesmo com a decisão os optometristas com nível superior não podem diagnosticar doenças oftalmológicas, utilizar determinados aparelhos de uso privativo de médico oftalmologista, prescrever medicações, entre outras condutas privativas de profissional médico.

“Além disso, o fato de optometrista, assim como médico oftalmologista, vender lentes de grau, ser proprietário de ótica, possuir consultório no interior desses estabelecimentos ou mesmo atender no interior de óticas pode configurar venda casada”, explicou o delegado.

Assim, o Decreto nº 24.492/34, que baixou instruções sobre o Decreto nº 20.931/32, no tocante à venda de lentes de grau, dispõe sobre as proibições existentes ao médico oftalmologista, que não podem ser proprietário ou sócio de ótica, não pode ter consultório no interior de uma loja dessa natureza, não pode vender lentes em seu consultório, indicar estabelecimento para a venda de lentes de grau.

Leia Também:  Sinfra-MT garante para Botelho que asfalto reinicia em outubro

Orientações

A Decon orienta os consumidores a procurarem sempre um consultório médico ou de optometrista com nível superior de sua confiança, a sempre questionar se o profissional que vai atendê-lo é médico oftalmologista ou optometrista.

Se o profissional for optometrista, verificar se possui nível superior, uma vez que muitos optometristas colocam a abreviação “Dr. ‘na frente de seus nomes sem serem médicos ou possuírem doutorado.

Outra orientação é evitar o atendimento em óticas que vinculam a consulta à compra da lente de grau ou que prometem descontos generosos para quem se consultar com profissional dentro de seus estabelecimentos, verificar os sinais de falsificação de lentes de grau, especialmente as multifocais que são mais caras e, por isso, falsificadas com maior frequência.

FONTE/ REPOST: REDAÇÃO FOLHAMAX 

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  Novo comandante assume a 4ª Companhia Independente de Segurança Institucional do Centro Político

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  Primeira captação de órgãos realizada no Hospital Regional de Sinop ajudará a salvar 3 vidas

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA