MATO GROSSO
Gaepe-MT define monitoramento de ações para raio x dos resultados já alcançados
MATO GROSSO
Em reunião ordinária do Gabinete de Articulação para a Efetividade da Política Pública da Educação em Mato Grosso (Gaepe-MT), realizada nesta semana, foram definidos os responsáveis pelo monitoramento de todas as deliberações feitas pelo grupo ao longo de 2023. Os resultados devem ser entregues até 1° de dezembro.
A avaliação inclui a Nota Técnica 2/2023, que traçou um panorama da educação entre crianças de até seis anos, a fim de orientar o Pacto pela Primeira Infância em Mato Grosso, que já conta com a adesão de 133 municípios, bem como a proposição de soluções sobre os planos de expansão das prefeituras do estado com vistas à diminuição da fila de espera por vagas em creches.
“Esse é momento muito especial para o Gaepe-MT, em que fazemos uma reflexão sobre tudo que já produzimos até esse momento e, a partir disso, definimos os encarregados por monitorar essas deliberações e apresentar os resultados concretos”, declarou o conselheiro do Instituto Articule, Ismar Cruz, responsável pela condução da reunião.
Na ocasião, o procurador-geral adjunto do Ministério Público de Contas (MPC), Willian de Almeida Brito Júnior, propôs a realização de uma reunião extraordinária, ainda neste ano, para debater especificamente o redimensionamento da rede pública de ensino.
“Essa é uma matéria de extrema preocupação. Em Mato Grosso, os municípios têm desigualdades imensas, temos ilhas de prosperidade e de muita deficiência, precisamos aprofundar esse debate e contar com a presença do secretário de Educação. Sem uma transição planejada, vai haver muita dificuldade e quem vai sofrer vai ser a população”, destacou.
Dessa forma, ficou definido que Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), Ministério Público Estadual (MPE-MT) e União dos Dirigentes Municipais de Educação de Mato Grosso (Undime) irão apresentar os levantamentos que possuem para subsidiar o debate específico, em data a ser definida, sobre a transição, eventuais dificuldades, desafios e óbices.
Recepcionado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) e com a participação de outras 18 instituições do setor público e da sociedade civil, o Gaepe-MT realiza reuniões mensais, coordenadas em parceria com o Instituto Articule.
No estado, o grupo foi criado em outubro de 2022 por iniciativa e articulação do presidente da Comissão Permanente de Educação e Cultura do TCE-MT, conselheiro Antonio Joaquim, e definiu três grandes frentes de atuação na política de educação voltada à primeira infância: alfabetização na idade certa, recomposição de aprendizagem e creches.
A última reunião ordinária de 2023 do Gaepe-MT está agendada para 13 de dezembro, quando será elaborado o plano de atuação para 2014 e apresentado o resultado dos monitoramentos das ações em andamento.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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