MATO GROSSO
Governo de MT distribui 36,4 mil alevinos para fomentar a piscicultura na região oeste
MATO GROSSO
O Governo de Mato Grosso, por meio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), distribuiu mais de 36,4 mil alevinos de tambatinga para produtores da região oeste do Estado, com o objetivo de promover a piscicultura da região.
De acordo com o presidente da Empaer, Renaldo Loffi, a distribuição é feita em parceria com o Consórcio Nascente Pantanal, que visa fomentar o desenvolvimento das cadeias produtivas de maior expressão econômica. A piscicultura é uma delas.
“A parceria técnica objetiva promover o desenvolvimento das cadeias produtivas, como a piscicultura, agroindústria, turismo rural, fruticultura, pecuária de leite e hidroponia, favorecendo o aumento da renda familiar por meio da diversificação das atividades agropecuárias e não agropecuárias, assim como proporcionar o desenvolvimento dos municípios e o fortalecimento da parceria entre a Empaer e o Consórcio”, pontua.
Esta foi a segunda entrega de alevinos promovida pela parceria técnica. A primeira ocorreu em 2021, quando foram distribuídos 120 mil alevinos de tambacu, tambatinga e pirapitinga para 209 produtores de 14 municípios. Já nesta segunda entrega foram 36.450 unidades de tambatinga destinadas a produtores de Gloria D’ Oeste, Reserva do Cabaçal, Curvelândia, Araputanga, Mirassol D´Oeste, São José dos Quatro Marcos e Porto Esperidião.
Foto: Empaer
O secretário executivo do Consórcio, Dariu Antônio Carniel, classifica a parceria com a Empaer como positiva, e ressalta o trabalho em conjunto com os servidores das prefeituras municipais. Ele destaca ainda que pelo menos uma nova entrega de alevinos deve ser feita até o final do ano.
“Nosso foco é gerar emprego, renda e proporcionar qualidade de vida ao agricultor familiar para que continue produzindo na região. O perfil é morar na propriedade e ser socialmente ambiental”, afirma.
A produtora Wilma Vieira dos Santos, de Mirassol D’Oeste, foi contemplada com 3 mil alevinos que já foram distribuídos em quatro tanques de 20×50 m2 no seu sítio Planície. “Estou muito feliz. Nosso carro chefe sempre foi a hortaliça, mas sofri um acidente e estou impossibilitada de trabalhar na roça. A piscicultura vem como uma luz e estamos acreditando que irá ajudar e, muito na nossa renda”, pondera.
O chefe da Estação de Piscicultura da Empaer, localizada em Nossa Senhora do Livramento, Antônio Claudino da Silva Filho comenta que os alevinos tinham entre três a cinco centímetros, e de cinco a oito centímetros. Ele ressalta que, na estação, os alevinos são de qualidade e híbridos livres de enfermidades.
Especificamente sobre a espécie tambatinga, ele frisa que foi uma solicitação dos produtores da região, em razão de se desenvolverem mais rápido.
“Com a seca dos últimos anos, muitos produtores perderam, deram ou venderam toda produção devido à estiagem prolongada. A tambatinga com sete a oito meses está pronta para o abate e tem uma boa aceitação no mercado, por isso, estamos empenhados em atender o que foi solicitado”, afirma.
Foto: Empaer
A coordenadora regional da Empaer, Laura Peixoto de Arruda, destaca, por sua vez, que os produtores beneficiados receberão orientações técnicas e acompanhamento ao longo do ano. “O produtor recebe assistência técnica e será acompanhado pelos técnicos lotados nos escritórios”, diz.
Fazem parte do Consórcio Intermunicipal do Complexo Nascentes do Pantanal os Municípios de Araputanga, Cáceres, Curvelândia, Figueirópolis D’Oeste, Glória D’Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Salto do Céu e São José dos Quatro Marcos.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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