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Irmão de servidora assassinada em Cuiabá cobra justiça: “Foi um crime covarde”

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uito emocinado, Thyago Machado, o irmão da técnica judiciária Thays Machado, 44, definiu o crime que tirou a vida da sua irmã como covarde e pediu justiça para não existam mais “Thays espalhadas por Mato Grosso, Brasil ou pelo mundo”.  A servidora foi assassinada a tiros ao lado do namorado, William Moreno, 40, no dia 18 deste mês, no Bairro Consil. O advogado Carlos Alberto Gomes Bezerra, ex de Thays e filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), foi preso pelo crime.

“Foram tiros nas costas dela. Além de não ter defesa nenhuma, foi um crime de uma forma muito covarde. A minha irmã vai fazer muita falta para a família toda”, declarou Thyago durante manifestação organizada no Centro de Cuiabá, nesta terça-feira (24), quando foi também realizada a missa de 7° dia do casal na Igreja Mãe dos Homens.

Gabriel Rodrigues

 

protesto contra morte de Thays Machado

O irmão de Thays foi um dos primeiros parentes a presenciar a cena do crime e revelou que está confiando no trabalho da Polícia Civil. Segundo ele, a justiça está se encaminhado e a fé da família em Deus os fazem acreditar que casos como o que resultou na morte da sua irmã terão um basta. “Não é mais necessário termos mais Thays espalhadas aqui em Mato Grosso, pelo Brasil ou no mundo para que isso acabe”, salientou.

Mesmo com algumas pessoas reunidas do lado de fora da igreja para o protesto contra violência doméstica, os familiares da servidora preferiram chegar ao local e seguir direto para a missa. A exceção foi a madrinha de Thays, que permaneceu presente no ato calada e emocionada, sem conseguir dar entrevista para a imprensa. Também estave presente na missa a filha de Thays, que foi vista aos prantos na cerimônia em memória da mãe.

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Reprodução

Casal assassinado - Thays Machado e William Cesar Moreno

Thays Machado e William Moreno, momentos antes de serem executados a tiros em Cuiabá, na última quarta (18)

“Quantas Thays precisam morrer?”

Organizadora do protesto que pede justiça após o crime na Capital, a representante do movimento Conecta Maria Fernanda Figueiredo, afirmou que o feminicídio contra Thays é um retrato dos números da violência contra mulher registrados em Mato Grosso.

“Nós estamos ceifando famílias. A violência contra a mulher não atinge apenas aquele CPF, atinge também toda família. É um mal que é feito contra a sociedade mato-grossense. É triste. Eu gostaria de estar falando de conscientização, de estarmos aqui comemorando, não de estarmos no ranking do terceiro estado mais violento do nosso país”, afirmou Maria Fernanda.

Gabriel Rodrigues

missa Thays Machado

A missa de 7º dia de Thays Machado foi realizada na Igreja Mãe dos Homens, no Centro de Cuiabá, nesta terça-feira (24), e reuniu familiares e amigos

Também participando do protesto, a vereadora por Cuiabá Maysa Leão (Republicanos) destacou que Thays pediu ajuda em relação a violência que estava sofrendo, uma vez que ela já tinha registrado vários boletins de ocorrência relatando ameaças e lesões corporais poor parte do ex, inclusive horas antes de ser assassinada.

“A violência contra as mulheres vai continuar acontecendo enquanto nós insistirmos em não levar a palavra da mulher como uma palavra definitiva e importante. A Thays pediu socorro e muitas pessoas disseram que ele ( o suspeito) não parecia ter coragem de fazer isso”, ressaltou Maysa.

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Apontado pela Polícia como o autor do crime, Carlos Alberto está cumprindo prisão preventiva. Em decisão judicial, foi ressaltado que o mesmo teria agido sem dar chances de defesas as vítimas e motivado pela certeza de que sua posição social o deixaria impune. De acordo com as investigações, ele estaria monitorando os passos da ex-esposa e o crime teria sido premeditado.

Montagem/RDNews

Marcel de Oliveira - Carlos Alberto Gomes Bezerra

Delegado Marcel de Oliveira vê premeditação por parte de Carlos Alberto Bezerra (detalhe)

Em discurso, a vereadora salientou que crimes contra mulheres são cometidos por homens próximos que não levantam suspeitas. “Nós como sociedade achamos que uma mulher que pede socorro está exagerando, porque o agressor não tem cara de bandido. O que a gente  aprende com este caso é que a violência doméstica não tem cara e quem pratica muitas vezes não tem cara de bandido”, criticou.

Presidente da Comissão da Mulher na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Glaucia Amaral afirmou que espera que o suspeito vá a Júri Popular e que seja aplicada uma punição compatível com a gravidade do crime.

“Nós aguardamos que o procedimento termine na esfera policial e judicial e que ele seja levado a júri. Inicialmente, o que a gente vê é premeditação e que as vítimas não tiveram chance de defesa e uma motivação  fútil. A pena não pode ser pequena. A lei precisa ser aplicada. Nós precisamos mostrar para o restante da sociedade que algo dessa magnitude terá justiça”, cobrou a advogada.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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