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Mais de 200 agentes públicos já foram capacitados em MT para atuar no combate ao tráfico de pessoas

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Mais de 200 agentes públicos e lideranças comunitárias foram capacitados entre janeiro e julho de 2023, em Mato Grosso, para atuar no enfrentamento ao tráfico de pessoas, por meio de ações integradas entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), outros órgãos públicos, entidades e organizações da sociedade civil que fazem parte do Comitê de Estado de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Cetrap).

As capacitações foram realizadas nos municípios de Diamantino, Peixoto de Azevedo, Tangará da Serra, Cáceres, Sinop e Pontes e Lacerda.

A coordenadora do Núcleo Estadual de Enfrentamento (Netrap), órgão vinculado à Sesp-MT, Maria José Garcia Joaquim, explica que o papel de cada uma dessas pessoas é trabalhar como multiplicadora na percepção e sensibilização sobre essa modalidade de crime. Isso significa contribuir para levar à identificação das situações de tráfico e ao registro da denúncia.

Conforme Maria José, as instituições reconhecem a subnotificação desse tipo de crime e estão atuando para mudar essa realidade. A integração e a difusão do conhecimento são algumas das medidas adotadas dentro das políticas de enfrentamento, assinala a coordenadora do Netrap.

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“A subnotificação é um problema do Brasil. Tanto que o Governo Federal informou, recentemente, que está desenvolvendo um sistema único de registro e encaminhamento das denúncias”, observa.

Dados estatísticos

Entre janeiro de 2020 e abril deste ano, Mato Grosso registrou cinco casos de tráfico de pessoas, sendo dois em Cuiabá, dois em Tangará da Serra e um em Nova Bandeirantes. Desse total, um foi identificado como tráfico internacional de criança e quatro como internos para fim de exploração sexual. Esses são dados oficiais do Observatório de Segurança Pública (OBS), órgão da Sesp.

O caso mais recente registrado em Cuiabá, em maio deste ano, que ainda não aparece nas estatísticas porque está em andamento, é de tráfico internacional. A denúncia sobre pessoas levadas para prostituição em Nápoli, na Itália, chegou ao conhecimento das autoridades policiais pelo Netrap. O Núcleo recebeu a queixa formalizada pela vítima ao Grupo Estadual de Combate ao Crime de Homofobia (GCCH) da Segurança Pública. O caso já resultou em operação da Polícia Federal e segue sob investigação.

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Como denunciar

Em âmbito estadual, as denúncias podem ser levadas ao conhecimento das autoridades por meio das centrais das polícias (190, 197, 181), diretamente nas unidades das forças policiais federais e estaduais; ao Netrap, pelo telefone (65) 3613-5543, em nível nacional, podem ser feitas pelo Disque 100.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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