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Mato Grosso Clima e Mercado 2024 percorre as quatro regiões do estado

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) inicia na próxima segunda-feira (18.11) a série Mato Grosso Clima e Mercado 2024, que irá percorrer as quatro grandes regiões do estado para mostrar a realidade das lavouras e do plantio deste ano, ouvindo os produtores de diversas cidades.

A ação tem como foco principal compreender, de forma prática e regionalizada, os desafios climáticos que impactam a produção, passando por questões como o aumento da temperatura, mudanças nas precipitações, ondas de calor, secas, chuvas e até incêndios florestais.

Vale ainda destacar que a safra atual de soja se assemelha ao ciclo produtivo 2020/21 e preocupa os produtores. A entidade já fez alertas as tradings para a necessidade de antecipar o planejamento e aprimorar o recebimento das plantas para evitar gargalos no momento da colheita.

O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, comentou que a entidade busca com o Mato Grosso Clima e Mercado 2024 um ajuste mais fino nas projeções e pressionar de forma limpa e justa as instituições que geram números da agricultura para que estejam baseados na realidade do campo.

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“Nas últimas Safras tanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) quanto a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) tem superestimado e deixam para fazer os ajustes muito tarde e mesmo esses ajustes tarde, muitas vezes acima ainda do que foi produzido real. Um reflexo disso é esse ano que a indústria interna com a risco de ficar sem soja, porque as projeções foram maiores, as empresas programaram as exportações e agora o mercado brasileiro pode ter falta de soja”, disse o presidente.

O ponto de partida da série será em Nova Mutum e segue durante quatro semanas de trabalho intenso. Em cada região, a equipe da Aprosoja MT se reunirá com os produtores locais, delegados coordenadores e vice-presidentes, para analisar os efeitos das variações climáticas sobre as lavouras e também sobre os diferentes tipos de solo que caracterizam o estado.

O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, disse que a série é inovadora por andar em todas as regiões e mostrar a produção e produtividade do campo sobre a ótica do produtor mato-grossense, podendo assim acompanhar a evolução da lavoura no estado como um todo e comercializar melhor a sua produção.

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“Essa safra começou muito desafiadora com atraso das chuvas, que não vem ocorrendo normalmente. Ela pode trazer alguma surpresa para o produtor mato-grossense e com MT Clima e Mercado a gente consegue ter uma informação mais precisa e o produtor estado contando a história da Safra de Mato Grosso pra ele mesmo”, contou o vice-presidente.

Esse trajeto favorece o entendimento sobre a situação de cada localidade, como também fomenta o diálogo entre produtores, técnicos, especialistas e diretoria e os delegados coordenadores da Aprosoja MT, fortalecendo a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções coletivas.

Marcelo Fin 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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