MATO GROSSO
Planejamento municipal tem que acompanhar evolução do estado, aponta Novelli em workshop com gestores
MATO GROSSO
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro José Carlos Novelli, apontou ser decisiva a implantação da cultura do planejamento municipal para que o setor público acompanhe a evolução do estado, o que mais cresce no país. A fala norteou o workshop do Programa de Gerenciamento do Planejamento Estratégico (GPE).
Iniciada nesta terça-feira (19), a capacitação reuniu gestores de 25 municípios e representantes da Assembleia Legislativa (ALMT), que passaram por treinamento desenvolvido pela equipe técnica do TCE-MT em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). “Este é o projeto de maior relevância lançado pela atual gestão, diretamente vinculado à nova visão institucional do TCE-MT, que é a de colaborar para que a administração pública seja referência nacional em qualidade e prestação de serviços à sociedade”, pontuou José Carlos Novelli na abertura do evento.
Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT |
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Secretário de Planejamento, Coordenação e Integração do TCE-MT, Adjair Roque de Arruda. |
O titular da Secretaria de Planejamento, Coordenação e Integração (Seplan), responsável pela execução do Programa, Adjair Roque de Arruda, destacou que o objetivo é reduzir erros e dar efetividade às políticas propostas. “Este contato com os professores é fundamental para que os gestores saibam como utilizar as ferramentas disponíveis.”
Realizada na Escola Superior de Contas, a programação se estende até a quarta-feira (20) e inclui, além da apresentação do GPE, do cronograma de atividades e da metodologia de trabalho, palestras como a do coordenador Programa no âmbito da UFMT, Paulo Ramalho, que tratou sobre gestão para resultados nesta manhã.
Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT |
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Pós-doutorando na Universidade de São Paulo (USP), ele é especialista em modelagem de indicadores de desempenho e chamou a atenção para o avanço do Programa. “É um laboratório que possibilita vermos lá na ponta o resultado do que fazemos na prática. Por isso estamos avançando e já temos municípios de pequeno, médio e grande porte.”
Um destes exemplos é o de Santa Rita do Trivelato (343 km de Cuiabá). “A evolução não para e que a gente tem que acompanhar e ter planejamento. Isso é algo que sempre usei nos meus negócios e vejo que também é válido para a Prefeitura, onde teremos que melhorar cada vez mais o trabalho”, afirmou o prefeito Egon Hoepers durante o evento.
Também participaram do encontro equipes de Arenápolis, Bom Jesus do Araguaia, Brasnorte, Campinápolis, Guiratinga, Ipiranga do Norte, Jaciara, Juruena, Nobres, Nova Marilândia, Novo Mundo, Nova Olímpia, Novo São Joaquim, Porto Alegre do Norte, Porto Estrela, Ribeirãozinho, Rondolândia, Santa Terezinha, Santo Afonso, São José do Rio Claro, Vale de São Domingos, Vera, Vila Rica, Torixoréu.
GPE
Com o intuito de introduzir a cultura do planejamento na administração pública municipal, o GPE estabelece metas para a criação de políticas públicas voltadas à saúde, educação, infraestrutura, economia e assistência social. Para isso, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Tribunal faz um diagnóstico sobre a situação dos jurisdicionados, atuando junto aos prefeitos e secretários municipais para aplicação das melhores soluções para os cidadãos.
Lançada em 2022, a proposta conta hoje com 118 municípios adesos. Além da validação dos mapas estratégicos de 100 municípios ainda em outubro deste ano, o TCE-MT ofertou o MBA em Gestão Estratégica por Resultados aplicada à Gestão Pública a dois servidores de cada prefeitura, que também será concluído no próximo mês.
Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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