MATO GROSSO
Polícia Civil cumpre mandados contra organização criminosa do DF envolvida com tráfico de cocaína
MATO GROSSO
A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), e Delegacias de Mirassol D’Oeste, São José dos Quatro Marcos e Araputanga, cumpre oito ordens judiciais, na manhã desta quarta-feira (04.05), em apoio à Operação Sistema deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Em Mato Grosso, os mandados, sendo seis de busca e apreensão domiciliar e dois de prisão temporária são cumpridos na cidade de Mirassol D’Oeste e têm como alvos integrantes de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no DF.
Na operação são cumpridos mais de 70 mandados, entre de busca e apreensão e prisão, nos Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal, além de sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias ligadas à organização criminosa.
Investigação
A investigação desenvolvida pela Polícia Civil do Distrito Federal em cerca de três anos revelou uma complexa estrutura de organização criminosa sediada no Distrito Federal e dividida em dois núcleos, que exercem a liderança das ações e planejamento do transporte de carregamentos de cocaína, que sairam da cidade de Mirassol D’Oeste.
O lucro principal ficava com três líderes, que direcionavam grande parte dos ganhos com o tráfico de drogas à aquisição de imóveis, assim como injetando-os em estabelecimentos comerciais por eles titularizados. Trata-se de clássica e mafiosa estratégia de lavagem de dinheiro, com objetivo de confundir e dificultar o trabalho investigativo.
A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da DRE, deu apoio às investigações da Polícia Civil do Distrito Federal, realizando levantamentos na cidade de Mirassol D’Oeste que subsidiaram as representações pelos mandados.
Segundo a delegada titular da DRE, Juliana Chiquito Palhares, esse tipo de intercambio de informações entre as Polícias Civis do Brasil é uma metodologia exitosa, que contribui para o bom desenvolvimento da investigação.
“A DRE vem exercendo essa parceria em investigações próprias e de terceiros há bastante tempo e isso fortalece a investigação permitindo ter uma amplitude do trabalho investigativo, que as vezes sem esse apoio ficaria muito mais difícil”, disse a delegada.
Aquisição de drogas
A investigação comprovou que a organização criminosa adquiriu e realizou a logística do transporte de dois grandes carregamentos de cloridrato de cocaína.
O primeiro, apreendido em janeiro, em Uruaçu (GO), ocasião em que cerca de 300 quilos de cocaína eram transportados em compartimento falso de um caminhão do tipo boiadeiro.
O segundo no mês de fevereiro também na região de Uruaçu (GO), ocasião em que a Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu, em atuação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, 205 quilos de cloridrato de cocaína.
A organização criminosa atuou da mesma forma nas duas situações, contratando os mesmos batedores e responsáveis pela logística do transporte de drogas, o que revelou a atuação de núcleo criminoso da cidade de Mirassol do Oeste (MT), de onde saíram os dois carregamentos.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS5 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
ARTIGOS3 dias atrás
Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar
-
ARTIGOS5 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama
-
ARTIGOS2 dias atrás
Canetas emagrecedoras: ortopedista alerta sobre impactos na coluna e nas articulações