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Primavera começa neste sábado com calor e será marcada por temperaturas acima da média em quase todo o Brasil e chuva no Sul
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A primavera começa na madrugada deste sábado (23), às 3h50 no horário de Brasília, e deve seguir a tendência de muito calor das últimas semanas. A previsão aponta para novos recordes de temperatura neste primeiro fim de semana da nova estação.
👉 Os próximos meses devem ser marcados por termômetros acima da média e chuvas no Sul. (Veja mais detalhes ao final da reportagem.)
🌡️ Onda de calor: Em meio à bolha de calor que atinge parte do Brasil, ao menos três capitais brasileiras (Campo Grande, Boa Vista e Goiânia) bateram nesta semana seus recordes de calor para o ano de 2023 e outras oito também devem superar suas marcas em breve.
🚨 Alerta de perigo: Onze estados, além do Distrito Federal, estão sob alerta vermelho de grande perigo até terça-feira (26) para o calor extremo. São eles: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
As capitais mais quentes nesse início de primavera devem ser Cuiabá, com temperaturas que podem chegar até 42ºC; Rio de Janeiro, com máxima de até 41ºC; e Palmas, com previsão de bater até 40ºC.
Segundo a Climatempo:
- Os termômetros podem variar entre 40ºC e 44ºC em áreas do Centro-Oeste, especialmente de Mato Grosso, que dever ser o estado mais quente do país.
- As temperaturas podem ficar entre 38ºC e 41ºC no norte do Paraná, oeste e norte de São Paulo e Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, interior do Maranhão e do Piauí, áreas do oeste da Bahia, sul e leste do Pará, parte de Rondônia e do Amazonas.
- Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste, Tocantins e Paraná terão sol forte e baixa umidade do ar.
- Previsão de pancadas de chuvas ao longo de todo o litoral da Zona da Mata e do Agreste do Nordeste, e na região norte, menos Tocantins.
- Chuva forte no Rio Grande do Sul. Há previsão de chuva para a serra, litoral e o Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Como fica a estação?
A primavera termina em 22 de dezembro, à 0h27 no horário de Brasília. Ela é marcada por um período de transição entre as estações seca e chuvosa no setor central do país.
Veja a previsão para a primavera em cada uma das regiões, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet):
Norte
- Chuva: As chuvas devem ficar abaixo da média em grande parte da região por causa do El Niño.
- Temperatura: As temperaturas devem ficar altas, com números acima do registrado no período.
- Incêndios e queimadas: O Inmet alerta que “a falta de chuva no sul da Amazônia, aliada às altas temperaturas e à baixa umidade, tende a favorecer a incidência de queimadas e incêndios florestais”.
Nordeste
- Chuva: Assim como no Norte, as chuvas devem ficar abaixo do esperado em grande parte do Nordeste, principalmente no Maranhão e Piauí.
- Temperatura: Os termômetros devem registrar temperaturas acima do normal nos próximos meses.
Centro-Oeste
- Chuva: O retorno da chuva deve ser gradual. Mato Grosso do Sul e sul de Goiás podem ter um volume maior. Já Mato Grosso, centro-norte de Goiás e Distrito Federal devem registrar chuva abaixo da média.
- Temperatura: O tempo continuará quente na região, acima do esperado para o período.
Sudeste
- Chuva: A previsão para a estação é de chuva abaixo da média na parte norte da região. Em São Paulo e no sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, a chuva pode ficar acima da média, com mais recorrência em novembro.
- Temperatura: Assim como nas outras regiões, as temperaturas estarão acima da média.
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Sul
Chuva: Na contramão da maior parte do país, no Sul existe chance de chuvas acima da média.Temperatura: As temperaturas ficarão acima da média em quase toda a região, menos no sul do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas poderão ser mais amenas por causa da chuva.


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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