16 de Agosto de 2025
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Professora cria pesquisa para popularizar consumo de plantas alimentícias não convencionais em MT

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Frequentemente despercebidas e confundidas com plantas invasoras ou daninhas, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são tema da pesquisa desenvolvida na Escola Técnica Estadual de Sinop (a 500 km de Cuiabá). Coordenada pela professora Simone Guarnieri, o projeto pretende popularizar o acesso às principais informações dos vegetais, por vezes presentes em quintais, jardins e hortas de bairros.

Ora-pro-nóbis, Taioba, Beldroega, Peixinho, Fisális, quiabo de metro, capuchinha, vinagreira e batata yacon são bastante utilizados em algumas regiões do país, porém, totalmente desconhecidos em outras. Muitas dessas plantas crescem espontaneamente no solo por serem facilmente adaptáveis a diferentes ambientes.

Diante desses fatores, os professores e estudantes dos cursos de técnico em enfermagem e agropecuária da Escola Técnica Estadual de Sinop estão desenvolvendo o projeto “Plantas alimentícias não convencionais (PANC) na região de Sinop: conhecimento, usos e segurança alimentar”, a fim de ampliar o conhecimento da população sobre o potencial sustentável do consumo desses tipos de vegetais.

A pesquisa conta ainda com a participação de pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Universidade de Kiel, na Alemanha. O projeto também recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

Com as informações coletadas em trabalhos de campo, foi possível traçar o perfil de consumo; identificar as espécies mais facilmente encontradas e analisar os aspectos sócio-histórico-culturais, etnofarmacológicos e linguísticos. Há ainda o interesse em analisar o potencial das plantas para o desenvolvimento de medicamentos.

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O estudo também tem o objetivo de aprimorar as técnicas de plantio de cultivo, além da disponibilização de um glossário etnobotânico para ampliação da consciência alimentar e o resgate dos saberes populares. Toda a proposta também está enquadrada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da região.

Para a coordenadora Simone Guarnieri, a pesquisa vai impactar diretamente na produção científica do estado e também na possibilidade de geração de resultados inéditos na área. Além disso, o trabalho também promove a valorização dos saberes tradicionais que estão presentes na rotina da população.

“Com esse projeto de pesquisa, a gente espera despertar nos agricultores envolvidos uma nova fonte de produção de renda, tocando a complexidade econômica da região, com potenciais na integração de políticas agrícolas e ambientais, que gerem benefícios econômicos. Por exemplo, fomentar a comercialização dessas plantas nas feiras livres da região”, explicou Simone.

Além da horta, os estudantes possuem ainda um laboratório para seguir produzindo conhecimento sobre as PANCs | Foto: Marcos Salesse/Seciteci-MT
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as plantas têm atraído a atenção de agricultores e consumidores interessados em diversificar a produção e a alimentação com produtos orgânicos, mais nutritivos e saudáveis.

Os benefícios variam de acordo com a planta e já atraem muitos pesquisadores e chefs de cozinha que têm introduzido as PANCs em receitas gourmets e diferenciadas em restaurantes de grandes centros urbanos.

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Simone contou que entendeu realmente a importância do tema quando percebeu que, além de diversificarem a alimentação, as plantas são importantes para a preservação da fauna e flora brasileira, exigindo um cultivo simples que resulta em um baixo impacto ambiental.

“As PANCs têm várias vantagens em relação às hortaliças convencionais, o que as torna interessantes e valiosas em diversos aspectos: diversidade nutricional, adaptação local e resistência a pragas. A gente destaca também outras características, como o menor uso de água, aumento da biodiversidade, variedade na dieta, resiliência alimentar, respeito às tradições e potencial para novos produtos”, afirmou a coordenadora do projeto.

Para a continuidade da pesquisa, os alunos e professores construíram um jardim com diversas plantas comestíveis e que não são encontradas em mercados ou outros espaços. O espaço é mantido e cultivado a partir do trabalho coletivo de todos os servidores e alunos da ETE de Sinop.

O Projeto “Plantas alimentícias não convencionais (PANC) na região de Sinop: conhecimento, usos e segurança alimentar” segue pelos próximos sete meses, com previsão de encerramento para abril de 2024. Ao final do projeto, a população vai contar com a disponibilização gratuita de um glossário com todas as informações colhidas durante o projeto de pesquisa.

Fonte: Governo MT – MT

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Colégio Unicus é premiado como destaque nacional em educação bilíngue no School Innovation Program

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O Colégio Unicus é destaque nacional e conquista troféu em educação bilíngue no School Innovation Program 2025, promovido pelo hub educacional da Conexia. A premiação, que avaliou práticas pedagógicas de mais de 400 escolas de todo o país, consagrou a instituição como referência em inovação e resultados. A cerimônia foi realizada em Foz do Iguaçu (PR), com a presença de instituições de ensino de diferentes regiões do Brasil.

A iniciativa reconhece escolas que implementam com excelência projetos inovadores e de impacto comprovado. O programa é dividido em três grandes eixos: Plataforma AZ (desempenho acadêmico), High Five (educação bilíngue) e My Life (formação socioemocional).

O Colégio Unicus foi premiado pelo trabalho consistente no desenvolvimento da competência bilíngue dos estudantes, com uma proposta que alia intencionalidade pedagógica, uso cotidiano da língua inglesa e formação crítica desde a infância.

A metodologia adotada foi criada por um eficiente time pedagógico, formado por coordenadores experientes, professores do currículo em inglês e pela direção geral, sob o comando de Márcia Amorim Pedr’Angelo, pedagoga e coordenadora da Unesco para a Educação em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que também está à frente da Escola Toque de Mãe.

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Como parte da conquista, o método desenvolvido pela escola será incluído como case de sucesso no manual nacional de boas práticas educacionais do programa, que será distribuído a educadores e gestores de todo o Brasil.

“Graças ao empenho, à dedicação e ao compromisso com a excelência é que chegamos a esse reconhecimento nacional. É possível unir excelência acadêmica, intencionalidade pedagógica e vínculo afetivo com os alunos. O ensino em duas línguas faz parte desse projeto que prepara nossos estudantes para o mundo com raízes sólidas e visão expandida”, afirma Márcia.

Os coordenadores pedagógicos Dani Stefanini e Rafael Ribeiro representaram a equipe no evento e foram responsáveis por receber o prêmio, sendo reconhecidos pelo protagonismo na condução do projeto.

A coordenadora pedagógica, Dani Stefanini, destaca: “Esse é um momento importante para nossa escola, um reconhecimento nacional da qualidade do trabalho bilíngue desenvolvido”.

Rafael Ribeiro, coordenador do currículo em inglês, reconhece os seus professores como sendo peça chave desse sucesso “This achievement belongs to all of you! Congratulations for believing, dedicating, and making it happen.
You’ve done an amazing job, let’s keep this excellence going strong!”

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O School Innovation Program integra a Jornada Conexia, plataforma voltada à valorização e difusão de práticas pedagógicas de alto impacto no desenvolvimento integral dos estudantes.

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