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Projeto “Protetor Mirim” promove a conscientização de aproximadamente 800 estudantes de escola municipal

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Lançado este mês, o projeto piloto Protetor Mirim desenvolvido pela Prefeitura de Cuiabá, via Secretaria-adjunta de Bem-Estar Animal, já promoveu o conhecimento para cerca de 800 estudantes do Ensino Fundamental. Nesta quinta-feira (26), a atividade acontece na EMEB Nossa Senhora Aparecida, no bairro Jardim Colorado, nos períodos da manhã e à tarde. No dia 19, foi na EMEB Senador Gastão de Matos, no bairro Pedra 90. Em cada unidade escolar envolveu cerca de 400 estudantes com o objetivo de estimular a multiplicação de conhecimentos pertinentes a maus tratos e abandono de animais. O Projeto também possibilitará que os estudantes participem do concurso para escolha dos nomes do cão e do gato, que são os mascotes que ilustram o veículo da Secretaria Adjunta de Bem-Estar Animal.

Segundo estimativas 97% dos animais que estão na rua foram abandonados. “Eles não brotam do asfalto, alguém sem sensibilidade e amor para com os bichinhos largou na rua. Maus tratos não se tratam apenas a violência física, mas do abandono também. Ambos são considerados crimes e a legislação prevê multas pesadas para os autores identificados. Estamos procurando desenvolver uma mudança no posicionamento do indivíduo através das crianças. Hoje elas contribuem identificando e verbalizando situações de violência com os animais. E levarão isso para a vida adulta”, defende a veterinária e responsável técnica pelo canil da Bem-Estar Animal.

Tatiana juntamente com a equipe da Bem-Estar, sendo a secretária-adjunta Andrea Mello, o motorista Jorge Arruda e o resgatista Hevandro Marcelo Mattos atuam na apresentação do Programa Protetor Mirim, bem como nas demais ações desenvolvidas, inclusive no resgate de animais mediante denúncias recebidas.

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De maneira prática e educativa, as crianças ouvem atentamente as informações que abrangem as cinco liberdades a que o animal tem direito e muitas vezes são violadas, caracterizando maus tratos. Como por exemplo, água e comida (liberdade nutricional); não ficar preso e acorrentado (liberdade ambiental); viver em locais limpo e higienizado (liberdade sanitária); não cortar orelhas ou cauda, ou a retirada das cordas vocais para não latir (liberdade de se manifestar) e estar livre do medo e aflição (liberdade comportamental).

As crianças entendem e se manifestam com olhares apreensivos ao que ouvem e interagem. Também vibram com a possibilidade de poder fazer um afago aos animais que acompanham a demonstração do conteúdo educativo. Trata-se de cães que já sofreram maus tratos e ficaram com sequelas irreparáveis.  Entre eles a cadela Fofa, que foi abandonada acorrentada em uma residência do bairro Dr. Fábio II. Resgatada pela Bem-Estar Animal, ela recebeu cuidados veterinários e acompanhamento para vencer os traumas sofridos, não apenas físicos, mas comportamentais também.

“Hoje ela é um exemplo de que amor, carinho e cuidado faz toda a diferença. É alegre e interage com o público, ou seja, é uma espoleta. Mas não tenho a menor dúvida de que, se sofrer uma retaliação humana, irá regredir no comportamento, como antes, arredia a presença de humanos. São marcas que permanecem , além das sequelas físicas. Ela tem dificuldades nas patas traseiras por conta de fraturas na perna e no quadril que calcificaram, não deu mais para fazer cirurgia”, explicou Tatiana.

Uma das alunas presentes, Ana Beatriz Galvão de Godoy, contou que a criança não bate nos bichinhos. Que assim como ela, as crianças gostam de brincar e correr com eles. “E aprendemos que se nós precisamos de água e comida para crescer, remédios quando ficamos doentes, os animais também precisam. Que não pode bater, nem abandonar os animais, tem que dar água e comida e quando eles estão doentes devemos procurar ajuda, falar para levar ao médico que cuida dos animais”, disse Ana Beatriz demonstrando que entendeu o que foi explicado.

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“Só através da educação e conscientização vamos conseguir mudanças significativas. A castração é importante para o controle populacional, para a saúde pública, mas a educação é a base de tudo.  Por isso apostamos no Protetor Mirim e com os adultos desenvolvemos outras ações como a blitz animal,  que promove abordagens e a entrega de panfletos com orientações”, explicou Andrea Mello.

Para a diretora da EMEB Nossa Senhora Aparecida, Geiza Lúcia de Oliveira, era notório a alegria e receptividade do público infantil ao tema trabalhado. “Estou encantada porque as crianças têm certa facilidade em assimilar o aprendizado e quando gostam do assunto tudo fica ainda mais prático e proveitoso”, confidenciou.

A iniciativa de conscientização conta com a parceria do Conselho Municipal de Bem-Estar Animal e da Secretaria Municipal de Educação. Trata-se de um projeto piloto desenvolvido em continuidade à programação alusiva ao Dia Mundial dos Animais, comemorado em 04 de outubro.

Em ações de resgate a Bem-Estar Animal atua em parceria com a Secretaria Municipal de Ordem Pública, a Delegacia de Meio Ambiente do Estado (DEMA) e o Juizado Volante Ambiental (Juvam).

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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