MATO GROSSO
Secretaria de Saúde de MT participa do 17º Congresso Brasileiro de Hansenologia
MATO GROSSO
O Congresso é realizado pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) e voltado a gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), trabalhadores da Saúde e para a sociedade civil organizada. A agenda reforça a posição combativa da SES frente à hanseníase, ao estimular o debate e enfrentamento à alta incidência da doença no estado.
“O Estado de Mato Grosso, por meio da Escola de Saúde Pública, apoiou este evento justamente por entender a relevância deste tema. O nosso estado é hiperendêmico para hanseníase e enfrentamos essa realidade com uma política ativa de detecção de novos casos. Diagnosticando muito, nós realmente teremos muitos casos, mas ganharemos tempo e força para mudarmos essa realidade”, avaliou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Em Mato Grosso, foram diagnosticados 2.507 casos de hanseníase em 2020; 2.106 em 2021; 2.421 em 2022 e 2.763, entre janeiro e agosto de 2023.
“Nunca perderemos a esperança de avançarmos na luta que abraçamos, que é vencer a hanseníase e, mais do que isso, dar dignidade àquela criança que está vivendo em restrições porque o pai ou a mãe foram tirados de seu trabalho devido a uma doença conhecida e tratável. Deixo o meu apelo: nós somos todos contra a hanseníase. Vamos seguir transformando esse cenário, valorizando a ciência e não o mundo anedótico”, destacou o presidente da SBH, Marco Andrey Cipriani Frade.
De acordo com a diretora da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso, Silvia Tomaz, o Estado preconiza a política de detecção da hanseníase com a capacitação de novos médicos hansenólogos. Nesta semana, foram formados 19 médicos especialistas.
“A Escola de Saúde Pública de Mato Grosso assume o seu papel na formação de novos especialistas, uma instituição-escola do SUS. E assim foi o cumprimento dos nossos objetivos. Podemos dizer que, hoje, estão representados novos especialistas em hansenologia em 14 regiões do estado e isso já faz a diferença”, destacou.
A representante do departamento de Atenção às Doenças Transmissíveis na Atenção Primaria do Ministério da Saúde, Magda Levantezi, parabenizou a dinâmica do evento e os resultados obtidos em Mato Grosso.
“Temos presenciado um Congresso inovador e de sucesso, que nós almejamos. Nós acompanhamos a apresentação dos trabalhos dos novos hansenólogos, que vão estar em campo [atendendo à população]. Essa é uma das estratégias da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde e isso nos alegra muito”, avaliou.
A médica e secretária municipal de Saúde de Lucas do Rio Verde, Fernanda Heldt Ventura, foi uma das formandas em hansenologia pela Escola de Saúde Pública. No evento, ela também representou o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems-MT).
“É muito gratificante ver esse grande passo que o nosso estado deu. Nós fomos para vários lugares, presenciamos juntos diversas situações, e juntos nós vamos combater essa doença. O nosso propósito é o diagnóstico precoce, o incentivo à pesquisa, que possamos fazer o diagnóstico tendo como base mais exames disponíveis, que nós tenhamos os medicamentos necessários e que possamos ser ouvidos”, disse a especialista.
Já o presidente do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hasneníase (Morhan), Francisco Faustino Pinto, fez um relato sincero sobre a realidade das pessoas que vivem a doença.
“As pessoas afetadas pela hanseníase são bem mais do que pés, mãos, olhos, nervos, bacilos. Elas têm que ser vistas integralmente, elas têm que ser vistas como seres que não são uma doença negligenciada, mas sim pessoas que ainda são negligenciadas, infelizmente”, explicou.
Ainda estiveram presentes no evento a secretária adjunta Executiva da SES-MT, Kelluby de Oliveira; a representante do Ministério da Saúde, Sandra Durães e o consultor nacional em tuberculose e hanseníase da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), Kleydson Andrade.
Diagnóstico
O diagnóstico e tratamento inicial dos pacientes com hanseníase são realizados nas Unidades Básicas de Saúde de cada município. Para os atendimentos de alta complexidade, o Estado dispõe do Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac) e do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), que ofertam atendimento especializado aos pacientes com incapacidade física.
Além dos repasses financeiros convencionais que a SES realiza para manutenção dos serviços da Atenção Primária à Saúde, a secretaria ainda transfere mensalmente o valor de R$ 10 mil para cada um dos municípios de Alta Floresta, Barra do Garças, Juara, Juína, Tangará da Serra e Várzea Grande; o recurso é destinado aos Ambulatórios de Atenção Especializada Regionalizados (AAER), que dão suporte aos serviços voltados ao tratamento da hanseníase.
A SES também capacitou, nos últimos quatro anos, mais de quatro mil profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) que atendem pacientes com a doença no Estado.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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