MATO GROSSO
Seduc capacita professores para aulas de robótica a estudantes de Escola Estadual Quilombola
MATO GROSSO
vProfessores da Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição Arruda, localizada em Nossa Senhora do Livramento, a 50 km de Cuiabá, foram capacitados pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc-MT) para oferecer aulas de robótica aos estudantes.
Na unidade, 475 crianças e adolescentes matriculados no ensino fundamental e médio terão aulas do programa de robótica educacional SIMROBÓTICA® promovido pela Seduc. As primeiras aulas do programa para os estudantes começam na próxima terça-feira (15.08).
Na primeira fase de capacitação, realizada entre os dias 8 e 10 de agosto, participaram seis educadores e um representante da equipe gestora. Durante os três dias, eles aprenderam sobre a aplicação da metodologia em sala de aula.
A maioria dos estudantes da unidade de ensino mora na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo.
O ensino na Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição Arruda tem a tarefa de promover a emancipação dos povos remanescentes de quilombos, trabalhando o resgate, a valorização e o fortalecimento da cultura, dos saberes e dos fazeres quilombolas.
A Casa de Cultura, mantida no pátio da escola, é um exemplo. O espaço é utilizado como laboratório para conteúdos de diversas disciplinas. Nas aulas de história, por exemplo, os alunos estudam a origem da moradia das famílias e da construção de casas de pau a pique.
Também é reforçado o elo entre a escola e a comunidade. Praticamente todas as atividades pedagógicas ou culturais desenvolvidas têm a participação da maioria das 500 famílias que residem na área.
Para o secretário de Estado da Educação, Alan Porto, a implementação da tecnologia na escola quilombola ressalta o compromisso da Seduc em promover novas oportunidades para os estudantes, além de assegurar o acesso ao conhecimento. “Tão importante como a manutenção das origens e da cultura local, o programa de robótica educacional oportunizará novos aprendizados para os estudantes”, comentou.
Segundo a professora de Linguagem, Flaviane Aparecida de Almeida Marques, a novidade na unidade escolar vai mudar a realidade local.
“Toda capacitação é bem-vinda, ainda mais se tratando de uma ferramenta tecnológica para auxiliar no ensino-aprendizagem. A robótica na escola será um grande diferencial no currículo e elevará mais ainda o potencial da escola, fazendo com que os alunos que estão fora da sala de aula volte a estudar com esse novo atrativo. É um diferencial, certamente”, completou.
O orientador educacional Kássio de Almeida, da SIM Inova®, que atua no programa SIMROBÓTICA®, afirmou que o trabalho como capacitador nesta unidade escolar foi uma experiência única. “Dentro da escola, o que eu percebi é o respeito que eles têm pela cultura, pela história e pelas raízes. Foi gratificante participar desse projeto”, disse.
O programa de educação tecnológica e robótica educacional SIMROBÓTICA® é focado no STEAM (sigla correspondente às palavras: ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática) com metodologia totalmente alinhada à BNCC – Base Nacional Comum Curricular.
O programa estimula o pensamento computacional e ensina habilidades e competências importantes para desenvolvimento humano e tecnológico, por meio de uma metodologia ativa que estimula a autonomia e a criatividade dos estudantes.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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