MATO GROSSO
Sema apreende 300 metros de rede usada para pesca ilegal na região do Parque Estadual do Araguaia
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), por meio da Gerência do Parque Estadual do Araguaia (PEA), apreendeu mais de 300 metros de redes utilizadas na pesca de Pirarucu.
A apreensão aconteceu durante operação contra a pesca ilegal e predatória, realizada dentro e no entorno das unidades de conservação integral Parque Estadual do Araguaia e Refúgio de Vida Silvestre Corixão da Mata Azul, nos rios da Morte, Araguaia e Cristalino, entre os dias 23 de janeiro e 2 de fevereiro. A ação teve o apoio do Núcleo de Polícia Militar de Novo Santo Antônio.
O foco das ações foi atender denúnicas de pesca no rio Cristalino, localizado no Refúgio de Vida Silvestre Corixão da Mata Azul. Em unidades de conservação de proteção integral, a pesca é proibida em qualquer época do ano.
De acordo com o gerente do Parque Estadual do Araguaia, Davilas Cavalcante, a fiscalização foi feita por meio de embarcação, percorrendo os rios, e com o auxílio de drones.
“Pelo rio, abordamos embarcações para verificar a presença de pescado e apetrechos de pesca. Já o drone é uma ferramenta importante para fiscalização, porque, por estar no período alagável, o equipamento ajuda a fazer o monitoramento da pesca ilegal dentro das Unidades de Conservação e da pesca predatória no seu entorno”, explica.
Davilas alerta também para a pesca no Araguaia, um dos alvos da operação. Isso porque, por ser um rio de divisa, o local segue o calendário federal da Piracema, mantendo a proibição de pesca até o dia 28 de fevereiro.
Pesca em Unidades de Conservação
Nas unidades de conservação, a pesca é proibida durante todo o ano.
As unidades categorizadas como de proteção integral visam proteger da biodiversidade e, por isso, as regras são mais restritivas. Nesse grupo é permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, ou seja, aquele que não envolve consumo, coleta ou danos aos recursos naturais.
Entre os usos indiretos dos recursos naturais estão, entre outras atividades, a recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação ambiental.
Denúncias
O cidadão pode denunciar a pesca predatória e outros crimes ambientais nas unidades regionais da Sema, no aplicativo MT Cidadão, ou à Ouvidoria Setorial da Sema pelo telefone 0800-065-3838 ou email ouvidoria@sema.mt.gov.br.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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