MATO GROSSO
SES reúne 70 cirurgiões-dentistas em palestra sobre prevenção ao câncer de boca
MATO GROSSO
Participaram da capacitação profissionais que atuam nas Equipes de Saúde Bucal (ESB) e nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento foi realizado em alusão à Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, celebrada de 1º a 7 de novembro.
A coordenadora de Saúde Bucal da SES, Andrea Vrech Coelho, entende que é necessário conhecer mais este tipo de neoplasia, visto que o diagnóstico tardio contribui para o agravamento dos casos e índices de óbitos.
“O câncer de boca é um dos mais incidentes no mundo. É o quinto tumor mais frequente em homens no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A maioria dos casos é diagnosticado em estágios avançados, então, debater o assunto e fomentar a prevenção e o diagnóstico precoce são ações imprescindíveis para o enfrentamento da doença”, disse Andrea.
Entre os temas abordados na aula, estão: lesões fundamentais, biópsia e câncer de boca; efeitos colaterais da radioterapia e quimioterapia; fotobiomodulação no tratamento de pacientes oncológicos; a importância do cirurgião-dentista no diagnóstico precoce do câncer de boca e reabilitação de vidas.
Durante a capacitação, os profissionais aprenderam ainda os novos dados de câncer de boca; discutiram as formas de prevenção, exame clínico adequado e necessário; debateram casos clínicos e fomentaram o diagnóstico precoce com a apresentação de casos negligenciados.
Cenário de Mato Grosso
Em 2022, Mato Grosso registrou 255 casos de câncer de boca. E, em 2023, foram 101 casos. “A alta prevalência da doença no Brasil exige políticas públicas específicas. Justamente por isso, nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), existe a obrigatoriedade da especialidade no diagnóstico. Precisamos continuar construindo ações multidisciplinares e intersetorias de promoção e prevenção na atenção básica e assistenciais na secundária e terciária”, avaliou Andrea Coelho.
Os municípios são os responsáveis pelas ações de saúde bucal, de acordo com as diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde. Com o objetivo de auxiliar os municípios, o Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope), gerido pela SES, dispõe de exames clínicos e de biópsia para diagnóstico precoce de câncer de boca, além de câncer de cabeça e pescoço.
O Ceope é referência em Mato Grosso no diagnóstico destes tipos de câncer e a unidade funciona como porta aberta exclusivamente para este serviço. “O Ceope é referência no atendimento a pacientes especiais, mas também atua na oferta de serviços à toda a população que precisa de diagnóstico para câncer de cabeça, pescoço e boca”, explicou a diretora do Ceope, Martha Maria Aquilino.
Os primeiros atendimentos em saúde bucal ocorrem nas unidades básicas de saúde, que fazem a triagem do paciente encaminhando-os para os demais serviços de média ou alta complexidade, se necessário.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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