MATO GROSSO
Sesp debate ressocialização de reeducandos do sistema prisional
MATO GROSSO
Esta edição do encontro, que ocorreu na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, na tarde desta terça-feira (29.08), teve como tema a “Justiça Social e Direitos Humanos: profissionalização no Sistema Penitenciário”.
Conforme a servidora Rosária Cristina da Silva Ormond, uma das idealizadoras do Núcleo de Pesquisas Científicas da Sesp, os debates tiveram como objetivo levantar os desafios e possibilidades para a ressocialização de reeducandos através do mercado de trabalho.
“Além dos desafios encontrados nas trajetórias desses sujeitos, o grupo de estudos também discutiu possibilidades para a superação de adversidades presentes no cotidiano do privado de liberdade, em especial, a profissionalização como potencialidade ao desenvolvimento humano”, comentou Ormond.
“As discussões são importantes para a sociedade, uma vez que poderão subsidiar futuras propostas de intervenção junto às pessoas em restrição e privação de liberdade e, consequentemente, impactar como antecipação à conduta criminal”, completou.
Durante o encontro foi apresentada a análise de dissertação “Direito à profissionalização e reintegração social da pessoa privada de liberdade na 5ª Região Penitenciária do Rio Grande do Sul”, da mestranda Rafaela Beltrami Moreira e seu orientador, professor Bruno Rotta Almeida. O estudo discorre sobre a reinserção dos detentos na sociedade, por meio de oportunidades de trabalho. Na ocasião, servidoras do sistema penitenciário também apresentaram as boas práticas realizadas em Mato Grosso.
Com o incentivo à produção e divulgação científica, o NPC/Sesp também ocupa um espaço de discussões para melhorias sociais, ressaltou o coordenador do Núcleo, Ueliton Peres de Oliveira.
“Com as melhorias propostas através das pesquisas e estudos apoiados pelo Núcleo da Sesp é possível a elaboração de projetos, programas e políticas públicas de segurança que impactam na sociedade. O Núcleo tem o potencial de influenciar positivamente as práticas na segurança pública, por meio da aplicação de pesquisas e da disseminação de projetos de boas práticas, contribuindo para moldar políticas públicas mais eficientes nessa área”, ressaltou.
Também participaram das reuniões servidores da Gestão de Pessoas, do Observatório da Sesp, Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Sistema Socioeducativo, Sistema Penitenciário, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), bem como representantes de instituições de ensino superior de Mato Grosso e de outros estados do país.
Com supervisão de texto de Fabiana Mendes.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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