MATO GROSSO
Sinfra-MT recupera rodovia entre Barão de Melgaço e Santo Antônio de Leverger
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) começou a realizar nesta sexta-feira (18.02) o trabalho de manutenção na rodovia MT-361, entre os municípios de Barão de Melgaço e Santo Antônio de Leverger. Para garantir a trafegabilidade na estrada, será realizado o serviço de tapa-buraco.
A manutenção de estradas é realizada por meio de contratos que a Sinfra-MT tem nas 12 regiões do Estado. Em 2021, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística realizou Pregão Eletrônico para contratação de empresas para 11 regiões, em um investimento superior a R$ 110 milhões.
Entre os serviços previstos estão reparos localizados, recomposição de aterro, contenção, reparo de meio-fio, reparos em pontes, entre outros.
O trabalho de manutenção segue um cronograma estabelecido pela Sinfra-MT. Estão recebendo reparos rodovias como a MT-251, entre Chapada dos Guimarães e Gardez, a MT-208 entre Alta Floresta e Japuranã, a MT-020 em Canarana, entre outras.
O secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, lembra que a secretaria também trabalha para realizar a restauração completa de rodovias. São mais de 1.100 km em elaboração de projeto ou execução.
“Além de fazer asfalto, nós precisamos cuidar das rodovias já pavimentadas. Afinal, as estradas são um dos maiores patrimônios do Estado de Mato Grosso”.
Entre as rodovias que devem ter a restauração licitada em breve, estão a MT-423, entre Sinop e Cláudia, as MT-370 e 299, em Itiquira, a MT-251, entre Chapada dos Guimarães e o entroncamento com a MT-140, a MT-206 entre Alta Floresta e Paranaíta, a MT-241 entre Nobres e Marzagão, além das próprias MT-361 e 040, entre Barão de Melgaço e Santo Antônio do Leverger, passando por Porto de Fora.
No total até o final de maio a Sinfra-MT terá 28 rodovias em restauração.
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.