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Socioeducativo de Cuiabá realiza evento sobre culinária, história e cultura de diversos países

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Os adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Masculino de Cuiabá promoveram, na manhã desta quinta-feira (05.05), o encerramento da atividade ‘Festival das Nações’, uma imersão na cultura de vários países. Os jovens apresentaram um pouco dos costumes, história, geografia e culinária da África, Estados Unidos, México, Japão, Alemão, Itália e Líbano.

O diretor do Case Cuiabá, Urias Avelino Dantas, explica que o projeto faz parte do calendário anual da escola da unidade. “A ideia é que os adolescentes aprendam sobre a cultura de diversas nacionalidades e, para cada apresentação, há um convidado ministrando um pouco da cultura, história e geografia do país”, afirma.

Urias ressalta que essa é uma oportunidade para o adolescente privado de liberdade ter uma experiência diferente na unidade, somando às outras atividades e oficinas que são realizadas comumente. Ainda conforme o diretor, todo e qualquer momento que proporcione interação entre os adolescentes, aliado à reflexão artística, funciona como uma prática que beneficia o processo de ressocialização.

“Esse trabalho só está sendo possível graças aos nossos servidores, professores, gestores do Case, analistas de atendimento e o envolvimento dos próprios adolescentes que participam ativamente das oficinais, eles ficam encantados com os estilos de músicas, danças e a cultura dos países”, comenta.

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A professora da Escola Estadual de Socieducação, Vanessa Aparecida, apresentou um pouco das técnicas da dança do ventre predominantes no Líbano. “Eu comecei a praticar ainda em 2015 e foi amor à primeira vista. Assim que começamos a organizar pensamos em trazer um pouco dessa cultura para os meninos”.

Formado em assistência social, o mecânico Anilton Andrade Ferreira foi convidado para auxiliar os adolescentes a apresentar sobre a África. O profissional é natural de Cabo Verde, mas mora em Cuiabá há 15 anos.

“Agradeço muito o convite do Case para ajudar no Festival das Nações. Foi uma oportunidade de matar as saudades do meu país e de me reconectar com a minha história. É mais gratificante ainda ver que os adolescentes se dedicaram tanto e estudaram muito para fazer essa mostra dar certo”, comentou. 

A assistente social da unidade, Lúcia Helena, explica que atividades como essa são de extrema importância no processo de privação de liberdade dos menores em conflito com à lei. “Eventos como este favorecem a criação de um vínculo ainda maior dos adolescentes e servidores. As atividades começaram no último dia 25 e hoje é o encerramento de um trabalho que teve muita dedicação e esforço”.

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O superintendente de Administração Socioeducativa, Iberê Ferreira da Silva Junior, complementou que as atividades culturais despertam a curiosidade dos jovens para quando saírem da unidade. “Esse evento motiva o adolescente a estarem fora do sistema socioeducativo, buscando novas oportunidades e conhecimento a partir da cultura”, disse.

No Sistema Socioeducativo já estão previstas outras oficinas e atividades lúdicas.

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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